
Maracanã: 75 anos de histórias, títulos e paixão que marcaram gerações | Divulgação/Maracanã
As primeiras lembranças não são boas. Para nenhum brasileiro. Ou dá para esquecer o Maracanazo e a perda da Copa do Mundo de 1950? Aliás, foi para isso que o Estádio Jornalista Mario Filho foi construído: receber o primeiro Mundial de futebol pós-guerra. E estávamos fazendo muito bem o dever de casa até nos encontrarmos com Gigghia e Obdulio Varela. Uma ferida que sangra até hoje, não duvidem.
Logo depois, porém, nossos grandes clubes assumiram o espaço e as coisas mudaram.
Apenas dois anos depois, o Fluminense conquistou a Taça Rio, o Mundial de então, apesar de a Fifa até hoje não reconhecer. Injustiça, não é mesmo? Só que nestes 75 anos o tricolor pôde comemorar dezenas de títulos no estádio. O mais importante, e icônico, a Libertadores de 2023, batendo o Boca Juniors e tornando-se o único time carioca a conquistar a América dentro do Maracanã. Precisa de mais alguma coisa?

Maracanã: 75 anos de histórias, títulos e paixão que marcaram gerações | Divulgação/Prefeitura do Rio
Os rubro-negros não precisam ficar enciumados. Já ganharam muito naquele que já foi o maior estádio do mundo. E o recorde público em jogos entre times – recorde mundial – é justamente de um Fla-Flu. Dá ou não para tirar onda? E foi pelo gramado do Maraca que a torcida do Flamengo viu desfilarem craques como Dida, Zico, Adílio… Em 75 anos, várias gerações de rubro-negros festejaram títulos no estádio.
Títulos que não faltaram ao Botafogo, mas nada comparado ao Carioca de 1989 e ao Brasileiro de 1995. No Estadual, batendo o Flamengo; no nacional, derrotando o Santos. Dá para esquecer Garrincha, Maurício ou Túlio? Pergunte a qualquer torcedor alvinegro e a resposta certamente será não. E a lista é maior, muito maior.
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Enorme também é a relação de conquistas do Vasco. O Brasileiro de 1974, primeiro de um time do Rio com essa denominação (o Fluminense venceu em 1970, mas na época o nome era Torneio Roberto Gomes Pedrosa, que a CBF reconheceu posteriormente como equivalente). E foi no Maracanã que um menino chamado Roberto “Dinamite” marcou um gol que está imortalizado pela beleza e plasticidade. Dinamite, um dos maiores artilheiros desse jovem senhor que festeja, neste 16 de junho, 75 anos.
E antes que digam que esqueci alguém, é claro que registro o primeiro campeão da Guanabara, o América, que infelizmente hoje está no ostracismo, apesar de Romário ser o seu presidente. Foi em 1960, e a torcida americana dividiu o Maracanã com a do Fluminense – e saiu vencedora, com um gol do lateral direito Jorge.

Maracanã: 75 anos de histórias, títulos e paixão que marcaram gerações | Divulgação/Maracanã
Também não deixarei de lado o Bangu, campeão carioca de 1966. Tempos de um futebol apaixonado e apaixonante, com patronos, como Castor de Andrade, comandando a equipe da Zona Oeste. Quase chegou ao título brasileiro em 1985, mas nos pênaltis deu Coritiba.
Ah, Maracanã… São tantas histórias, tantas lembranças, que os próximos 75 anos talvez sejam insuficientes para contar tudo o que já se passou.
Estaremos, porém, atentos. Prontos para festejar, sempre, sua existência. Parabéns, amigo!