
Niterói inaugura meliponário com abelhas sem ferrão para reforçar reflorestamento urbano | Divulgação
Encerrando a Semana do Meio Ambiente, a Prefeitura de Niterói, por meio da Companhia de Limpeza de Niterói (Clin), inaugurou um meliponário — espaço dedicado à criação de abelhas sem ferrão, fundamentais para a polinização e preservação ambiental.
O local já conta com 21 espécies nativas, que agora passam a integrar as ações de revegetação urbana e restauração florestal desenvolvidas no viveiro da empresa, que produz mais de 170 mil mudas por ano, muitas delas da Mata Atlântica.
🐝 Abelhas nativas: aliadas da biodiversidade
Ao contrário do que muitos pensam, as abelhas sem ferrão não oferecem riscos à população e são essenciais para o equilíbrio dos ecossistemas.
“Estes insetos desempenham um papel vital na manutenção da biodiversidade e na polinização de plantas nativas e cultivadas”, explica o engenheiro florestal Luiz Vicente, da Divisão de Educação Ambiental da Clin (DIEA).
O projeto também atua na reintrodução de espécies raras, que hoje não são mais encontradas na natureza por falta de habitat ou extração humana, como árvores grossas onde faziam seus ninhos.
🐝 Inauguração com oficinas e palestras
A abertura oficial do meliponário foi marcada por um evento educativo, com a “Oficina das Abelhas Indígenas”, ministrada pelo meliponicultor Marcelo Campos, responsável pela doação das abelhas. Também houve uma palestra com Celicina Ferreira, presidente da Associação de Meliponicultores do Rio de Janeiro (Ame-Rio).
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Os participantes aprenderam sobre:
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Legislação ambiental
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Tipos de abelhas sem ferrão
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Como obter o primeiro enxame
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Modelos de caixas racionais
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Produção de mel, pólen, cera e própolis
🌳 Viveiro da Clin: mais de 305 espécies nativas
O viveiro da Clin, que agora abriga o meliponário, coleciona cerca de 305 espécies da Mata Atlântica, como:
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Pau-brasil
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Angico-vermelho
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Aroeira
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Figueira da pedra
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Ipês branco e roxo
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Jabuticaba, pitanga, açaí e outras frutíferas
Também há um projeto-piloto de plantas medicinais e aromáticas, incluindo capim-limão, boldo e erva-cidreira, utilizados na produção de chás e pomadas fitoterápicas.

Niterói inaugura meliponário com abelhas sem ferrão para reforçar reflorestamento urbano | Divulgação
As mudas ficam inicialmente em um berçário, e após três meses e cerca de 20 cm de altura, são levadas para áreas como o Morro da Boa Vista, onde participam do reflorestamento urbano.
👥 Visitação aberta ao público
O viveiro da Clin é aberto à visitação gratuita, e quem quiser pode conhecer de perto as técnicas de cultivo e o trabalho ambiental feito no local.
A DIEA também lidera projetos de reflorestamento em regiões como o Parque da Água Escondida, atendendo áreas como São Lourenço, Cubango e Bairro de Fátima.