Imagem mostra o homem sobre a estrutura pichando, sem equipamentos de segurança | Reprodução
A irresponsabilidade de um vândalo encapuzado manchou o que, na verdade, ele e outras pessoas deveriam preservar em Niterói. No fim da tarde deste domingo (25), um sujeito, sem nenhum senso de coletividade, arriscou a própria vida para vandalizar uma obra pública recém-entregue, na ligação entre os bairros de Icaraí e São Francisco. A cena grotesca teve registro por meio de imagens e vídeos feitos por motoristas e transeuntes revoltados.
Enquanto o poder público avança com obras estruturantes, em geral visando melhorar a qualidade de vida da população, ainda existem figuras desprezíveis que insistem em agir contra o interesse coletivo. A Prefeitura entregou uma estrutura pronta e intacta, devidamente pintada de branco. Em contrapartida, um delinquente decidiu tratá-la como se fosse um muro abandonado.
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Com a cara coberta e sem qualquer equipamento de proteção, o marginal se equilibrou sobre a encosta, sem sequer pensar duas vezes em sua própria segurança, pois havia risco dele cair. Se não pensou em si, quanto mais na destruição que causava. Além do impacto visual negativo, o ato ainda configura crime ambiental. Entretanto, as penas são brandas, prevendo até um ano de detenção, conforme o artigo 65 da Lei nº 9.605/98.
O trecho vandalizado faz parte de um pacote de intervenções que inclui novas faixas de tráfego, drenagem moderna, reforço de encostas e ajustes viários. Todo esse planejamento, que exigiu cuidado e atenção, não incluía nenhum tipo de depredação. Via de regra, quando isso ocorre, a primeira pichação atrai a segunda, a terceira. Ao passo que o vandalismo toma conta do local, outras situações se criam no entorno desses locais vandalizados, como consumo e venda de drogas.
Apesar da revolva coletiva, não teria havido acionamento da Polícia Militar. O poder público, que já enfrenta críticas quando há demora nas entregas de serviços, merece respaldo quando cumpre seu papel. E o mínimo que se espera é que esse criminoso seja identificado, preso e condenado.
Não há arte, protesto ou liberdade quando se destrói o que é de todos. Em suma, o nome disso é crime e, nesse caso, o lugar do criminoso deveria ser a cadeia.
