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Chafariz da Praça Paris sofre novo ataque de vandalismo no Rio

Chafariz da Praça Paris sofre novo ataque de vandalismo no Rio | Divulgação/Seconserva

O vandalismo na Praça Paris voltou a ferir o coração da Glória. Menos de dez dias após a religação do chafariz histórico, criminosos furtaram cabos e danificaram uma das bombas do sistema hidráulico. O ataque comprometeu o funcionamento do monumento, cuja estrutura recém-restaurada voltou a operar após meses em manutenção.

O crime ocorreu na madrugada desta segunda-feira. Os vândalos não só sabotaram a fiação elétrica, como forçaram a retirada emergencial de uma bomba hidráulica. O equipamento foi levado ao depósito da Secretaria Municipal de Conservação para análise técnica e possível reparo.

Apesar do prejuízo, parte da estrutura ainda resiste. Dois dos quatro golfinhos que adornam a fonte seguem lançando jatos d’água no espelho d’água de 1.600 metros quadrados. O funcionamento do chafariz, porém, agora é parcial: das 8h às 10h, das 12h às 14h e das 16h às 18h.

A Guarda Municipal, que mantém uma base dentro da praça, foi acionada para reforçar a segurança. A ocorrência será registrada na delegacia da região. A Secretaria não detalhou se houve prisões ou suspeitos identificados.

O chafariz da Praça Paris, inspirado nos jardins do Palácio de Versailles, na França, foi inaugurado em 1929. A fonte principal atinge até 15 metros de altura, rodeada por três névoas circulares e quatro esculturas de golfinhos ornamentais.

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Essa não é a primeira vez que o patrimônio sofre ataques. No dia 31 de janeiro, outro furto havia atingido o mesmo sistema. Em comum, o silêncio da madrugada e a ausência de vigilância eficaz.

O secretário municipal de Conservação, Diego Vaz, lamentou a nova agressão:

“É um absurdo ver que, em menos de duas semanas após religarmos o chafariz da Praça Paris, temos que lidar com vandalismo e furto. Parece que para cada passo que damos na recuperação da cidade, tem sempre alguém tentando puxar de volta. A cidade é de todos e precisa ser cuidada como tal.”

A frase ecoa o sentimento de frustração diante da repetição de crimes contra espaços públicos. A fonte, que deveria ser símbolo de beleza e memória urbana, hoje escorre água em tom de resistência — mas também de alerta.

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