
Mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão da febre amarela nas zonas urbanas | Divulgação/Lauren Bishop/CDC
Nos primeiros meses de 2025, a febre amarela disparou nas Américas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) confirma um salto de 247% nos casos em comparação ao mesmo período do ano anterior. O Brasil concentra a maioria dos registros, com mais de 100 infecções e 40 mortes até o começo de maio. A situação acende o alerta para a saúde pública.
No interior de São Paulo, a doença causou o maior número de mortes em sete anos, com 31 óbitos registrados. Outros estados como Minas Gerais, Pará e Tocantins também registram casos fatais.
A maioria dos pacientes são homens expostos a áreas de mata, seja por trabalho ou lazer. A vacinação, principal arma contra a doença, ainda deixa a desejar, com muitos infectados sem imunização.
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A febre amarela se transmite por mosquitos que circulam em ambientes urbanos e silvestres. No ciclo urbano, o Aedes aegypti assume o papel principal, enquanto nas áreas florestais, mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes são os vetores. A doença não tem sintomas específicos e pode se confundir com outras infecções, dificultando o diagnóstico.
Especialistas reforçam que a queda na vacinação desde a pandemia agravou a situação. A OMS recomenda intensificar a imunização e a vigilância, além de campanhas para informar quem frequenta regiões de risco. A febre amarela não pode ser ignorada; proteger-se é essencial.