
Acidente de trânsito: colisão em Piratininga, na Região Oceânica de Niterói, deixa duas pessoas feridas, com um motociclista em estado grave – Vídeo | André Freitas/Folha do Leste
A Avenida Almirante Tamandaré, única via de acesso à Praia de Piratininga, registrou mais um grave acidente de trânsito envolvendo automóvel e motocicleta. A cena se repetiu em frente à clínica de medicina esportiva Espaço Longevità, no trecho entre a entrada de Camboinhas e o DPO da Polícia Militar de Piratininga. No que se refere à dinâmica da batida, às 12h30, vale dizer que se trata de uma reprise das diversas ocorrências anteriores que aconteceram no mesmo perímetro.
Vale destacar, sobretudo para quem não conhece o local, que a via tem pista de mão dupla. No trecho onde o acidente ocorreu, há sinalização contínua dividindo das pistas, indicando ultrapassagem proibida, com apenas uma faixa de rolamento em cada sentido.

Avenida Almirante Tamandaré, em Piratininga, tem mão dupla com pistas divididas por faixa contínua de proibido ultrapassar e apenas uma faixa de rolamento em cada sentido; Vídeo no final da reportagem | André Freitas/Folha do Leste
Assim sendo, testemunhas disseram que o o automóvel, um Hyunday Creta preto, placa RIS4F00, dirigido por uma mulher, estava na faixa de rolamento sentido Praia de Piratininga. Contudo, tentando fazer uma manobra de retorno para a faixa no sentido contrário. Enquanto ela realizava a manobra – apesar de costumeira, irregular – o motociclista trafegava no sentido Piratininga, na sua mão de direção.

Hyundai Creta, envolvido no acidente, estacionado há algumas dezenas de metros adiante do local do acidente | André Freitas/Folha do Leste
Considerando que ela não conseguiu concluir a manobra e nem ele frear a moto a tempo, ocorreu a colisão. A motocicleta atingiu a porta esquerda do carro, na posição do condutor. Com a força do impacto, o motociclista caiu na pista contrária, desacordado e perdendo muito sangue. Ao mesmo tempo, frequentadores e profissionais da clínica de medicina esportiva se apresentaram para realizar os primeiros socorros.
Solidariedade e preocupação

Solidariedade e compaixão também se repetem a cada acidente que ocorre neste trecho da via pública | André Freitas/Folha do Leste
A cena logo chamou a atenção de moradores e comerciantes, que clamavam a Deus pela vida do homem estirado no asfalto. Muitas pessoas, já acostumadas com a rotina de acidentes, demonstrava extrema preocupação com o estado clínico do motociclista. Mesmo à distância, do outro lado da via, muitos percebiam a gravidade da situação, tanto pela falta de movimento do corpo, bem como pela quantidade de sangue no chão.
Porém, assim que os primeiros socorros foram prestados pelo pessoal do Espaço Longevità teve início, um sopro de alívio e esperança tocou a alma de quem estava aflito, torcendo pela vida do homem. Ele estava vivo, apesar de se encontrar em estado muito grave.
Alguns instantes depois, enfim, os socorristas do Corpo de Bombeiros chegaram ao local do acidente, cerca de 20 minutos depois do fato. De imediato, providenciaram a remoção do motociclista para uma maca e, em seguida, imobilizaram-no. Ao mesmo tempo, a mulher que dirigia o carro, também recebia atendimento, por conta de um ferimento na cabeça. Ambos, por fim, foram removidos para atendimento hospitalar.
Acidente: culpa de quem
Para muitas pessoas que estavam na cena do acidente, a condutora do carro teria culpa no fato. Entretanto, ambos receberam socorro e ainda não há nenhum registro de ocorrência que determine o autor ou causador do fato. A Polícia Militar só chegou no local cerca de 20 minutos depois que os envolvidos já tinham ido para o hospital, na ambulância do Corpo de Bombeiros.
“O retorno de carros aqui é proibido, e ele bateu no carro dela porque não teve tempo de parar. Tenho medo que ele (o motociclista) de certo termine errado caso não tenha habilitação”, disse um motoboy que testemunhou o fato.

Veículo envolvido no acidente já estacionado em uma das vagas da igreja onde inicialmente estava parado | André Freitas/Folha do Leste
Uma outra moradora disse o seguinte à reportagem:
“Só falta ela de errada sair como certa porque embarcou na ambulância e foi para o hospital”, declarou em tom temeroso.
Uma testemunha de diversas ocorrências semelhantes acredita que um sinal de trânsito ajudaria a diminuir a velocidade de quem trafega na avenida:
“O número de acidentes aqui só aumenta e falta muita fiscalização do trânsito. Acho que a prefeitura deveria colocar um sinal de trânsito aqui no trecho, para tentar diminuir um pouco a velocidade com que esses carros passam por aqui. Nesse trecho, só existe sinal no trevo de Camboinhas e na entrada do Recanto das Garças. Um trecho de mais de um quilômetro sem sinal, perigoso até para quem quer atravessar a via para pegar ônibus”, disse uma comerciante que prefere não se identificar.
Enquanto todos esses fatos se desenrolaram, nenhum agente ou operador de trânsito compareceu no local do acidente. Como resultado disso, as pessoas que estavam prestando solidariedade às vítimas organizaram o tráfego de veículos de modo improvisado.
VÍDEO
+ MAIS NOTÍCIAS DO LESTE FLUMINENSE? CLIQUE AQUI