
Adeus ao Papa Francisco, aberto ao público, acontece na Basílica de São Pedro, no Vaticano, após procissão emocionante; acompanhe ao vivo ao final da reportagem | Vatican News
Roma amanheceu em silêncio, mas seus sinos falavam. A Casa Santa Marta, onde o Papa Francisco escolheu viver — e agora repousar — entregou seu corpo à Basílica de São Pedro. Entre os dois lugares, um cortejo de fé percorreu não apenas os jardins do Vaticano, mas doze anos de um pontificado que transformou o modo de servir à Igreja.
Foram os “sediários” pontifícios que levaram o caixão com o corpo do Papa sobre os ombros, como se conduzissem um irmão, não um soberano. Do pequeno altar da capela onde rezava todos os dias, ele seguiu pela Via della Sacrestia.

Adeus ao Papa Francisco: procissão ao chegar na Basílica de São Pedro, no Vaticano; acompanhe ao vivo ao final da reportagem | Vatican News
Passou diante da Praça dos Protomártires Romanos — cujos nomes poucos conhecem, mas cuja fé o inspirava. E atravessou o Arco dos Sinos, entrando, pela última vez, na Praça de São Pedro, que o acolheu em vida e agora o abraça em morte.

Multidão na Praça São Pedro reunida para o adeus ao Papa Francisco: basílica está aberta ao público – acompanhe ao vivo | Vatican News
A procissão era silenciosa, mas a multidão não conteve sua emoção. Vinte mil pessoas, muitas com lágrimas, outras apenas com mãos unidas em prece, aplaudiram com força e reverência. Não era apenas um adeus. Era um agradecimento. Um reconhecimento ao Papa que trocou tronos por gestos e poder por ternura.
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Basílica de São Pedro aberta ao Público para o Adeus ao Papa Francisco: acompanhe ao vivo no final da reportagem | Vatican News
Cardeais, patriarcas, o Camerlengo Kevin Farrell e o mestre das cerimônias litúrgicas, dom Diego Ravelli, caminhavam com semblantes graves. Ao entrarem na Basílica, o caixão foi depositado no chão diante do Altar da Confissão — como fazem os humildes, como Francisco sempre quis. Nada acima de ninguém. Apenas no chão, como ele viveu.
Velório aberto ao público
Às 11h (horário local), 6h no horário de Brasília, começou a homenagem pública dos fiéis. Respeitosamente, um por um, apesar da emoção, conteve a tristeza em silêncio, ao passar diante do corpo.
Não houve pressa, tampouco histeria. Apenas o olhar de quem compreendeu a dimensão de um homem que viveu para os outros. A Basílica permanecerá aberta até a meia-noite. Amanhã (24), reabrirá às 7h, ao passo que na sexta-feira (25), às vésperas do sepultamento, fechará às 19h.
No sábado, enfim, acontecerá a Missa das Exéquias, celebrada nada menos do que para todo o mundo. Mas nos próximos três dias a despedida está reservada aos mais simples e anônimos. Em suma, um povo que ele tanto amou — e que agora lhe oferece sua reverência e reconhecimento.