
Juíza manda soltar ex-vereador Gabriel Monteiro, preso por acusação de estupro | Fernando Frazão/Agência Brasil
O ex-vereador e ex-PM Gabriel Monteiro, preso desde 2022 por acusação de estupro, recebeu liberdade concedida pela Justiça nesta sexta-feira (21). A decisão partiu da juíza Renata Guarino Martins, da 34ª Vara Criminal do Rio, e estabelece medidas cautelares que restringem sua locomoção e comunicação.
Saída da cadeia, mas sem liberdade total
Monteiro deixou o Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste, sob condições rigorosas. Ele deverá:
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Usar tornozeleira eletrônica;
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Não sair da cidade do Rio de Janeiro;
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Comparecer periodicamente à Justiça;
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Evitar contato com determinadas pessoas, conforme determinação judicial.
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Expulsão e polêmicas na Polícia Militar
Antes da carreira política, Gabriel Monteiro integrou a Polícia Militar por quatro anos, até ser expulso em agosto de 2020 por deserção, acumulando 52 faltas. Sua ficha disciplinar também registrava 16 transgressões, incluindo punições que totalizavam 33 dias de detenção.
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Apesar da expulsão, Monteiro teve a seu favor decisão de reintegração à corporação. Entretanto, pediu licença para disputar as eleições, tornando-se vereador do Rio de Janeiro pelo PSD com 60.326 votos. Ele ficou famoso por vídeos no YouTube nos quais denunciava corrupção na PM e realizava abordagens polêmicas.
Posteriormente, muitos de seus vídeos receberam contestações. Sobretudo, acusações de armação.
Os processos e as acusações contra Monteiro
A prisão do ex-vereador decorreu de uma acusação de estupro, mas ele ainda responde a outros processos, incluindo:
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Peculato (desvio de dinheiro público);
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Falsidade ideológica;
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Coação de testemunha;
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Gravação ilegal de relações sexuais, incluindo um caso com uma adolescente de 15 anos.
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Um dos inquéritos aponta que Monteiro teria desviado R$ 422 mil dos cofres públicos ao utilizar ex-assessores da Câmara Municipal para produzir vídeos para seu canal no YouTube.
Daqui em diante
Monteiro segue com sua defesa tentando reverter as demais acusações, enquanto as investigações continuam. O caso segue tramitando na Justiça, e qualquer violação das medidas cautelares pode resultar em nova prisão.