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Resultado da Série Prata: Cubango mais uma vez fica no quase, bate na trave e permanece na Intendente Magalhães

Resultado da Série Prata: Cubango mais uma vez fica no quase, bate na trave e permanece na Intendente Magalhães

Resultado da Série Prata: Cubango mais uma vez fica no quase, bate na trave e permanece na Intendente Magalhães | S1 Comunicação/Superliga/Divulgação

O sonho dourado da Acadêmicos do Cubango de retornar à Marquês de Sapucaí terminou em cinzas. Apesar de um desfile exuberante, que lhe rendeu excelentes notas – um total de 268,7 pontos –, a escola viu sua ascensão escapar por míseros 0,4 décimos.

A grande campeã, Unidos do Jacarezinho, conquistou a única vaga na Série Ouro em 2026, encerrando a disputa entre 30 escolas de samba com 269,1 pontos. Para a Cubango, porém, o destino já estava selado antes mesmo da apuração: uma penalização de 1,2 pontos pela comissão de obrigatoriedades reduziu suas chances a pó. O número insuficiente de componentes em uma ala e infrações na comissão de frente custaram caro.

Resultado da Série Prata: Cubango mais uma vez fica no quase, bate na trave e permanece na Intendente Magalhães | S1 Comunicação/Superliga/Divulgação

Resultado da Série Prata: Cubango mais uma vez fica no quase, bate na trave e permanece na Intendente Magalhães | S1 Comunicação/Superliga/Divulgação

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Mas nenhuma sanção pode apagar o brilho do espetáculo protagonizado pela verde e branco de Niterói. A escola, aclamada pela crítica e pelo júri, alcançou notas máximas – 30 pontos – em quesitos essenciais, como Enredo, Mestre-sala e Porta-bandeira, Comissão de Frente, Fantasia e Bateria. Em contrapartida, perdeu pontos preciosos em samba-enredo (-0,3), Alegorias e Adereços (-0,4), Harmonia (-0,1) e Evolução (-0,4).

Resultado da Série Prata: Cubango mais uma vez fica no quase, bate na trave e permanece na Intendente Magalhães | S1 Comunicação/Superliga/Divulgação

Resultado da Série Prata: Cubango mais uma vez fica no quase, bate na trave e permanece na Intendente Magalhães | S1 Comunicação/Superliga/Divulgação

No ranking geral, ficou em 9º lugar já descontadas as penalizações, e na sua noite de apresentações, terminou em 4º, atrás apenas das três primeiras colocadas da classificação geral. Foi uma das noites mais potentes da competição, definindo rebaixamentos que surpreenderam o público, como os das escolas Concentra Imperial e Boi da Ilha do Governador, que mereciam melhor sorte.

Agora, resta à Cubango sonhar com 2026 e traçar um novo caminho de glória.

CLASSIFICAÇÃO FINAL

1º Unidos do Jacarezinho – 269,1
2º Império da Uva – 268,6
3º Acadêmicos da Abolição – 268,4
4º Renascer de Jacarepaguá – 268,4
5º Acadêmicos de Santa Cruz – 268,3
6º União de Jacarepaguá – 267,6
7º Unidos de Lucas – 267,6
8º Feitiço Carioca – 267,5
9º Acadêmicos do Cubango – 267,5
10º Império da Tijuca – 267,4
11º Chatuba de Mesquita – 267,2
12º Flamanguaça – 267,2
13º Alegria do Vilar – 267,2
14º Mocidade Unida de Santa Marta – 267,1
15º Tubarão de Mesquita – 267
16º Unidos da Vila Santa Tereza – 266,8
17º Independentes de Olaria – 265,4
18º Império de Nova Iguaçu – 265,3
19º Arrastão de Cascadura – 265
20º Vizinha Faladeira – 264,3
21º Concentra Imperial – 264,2
22º Independente da Praça da Bandeira – 263,8
23º Boi da Ilha do Governador – 263,6
24º Unidos da Barra da Tijuca – 262,9
25º Sereno de Campo Grande – 262,6
26º Acadêmicos do Engenho da Rainha – 262,5
27º Leão de Nova Iguaçu – 262
28º Flor da Mina do Andaraí – 257
29º Alegria de Copacabana – 227,1
30º Acadêmicos da Rocinha (hours concurs)

 

Rebaixadas para a Série Bronze

Unidos da Barra da Tijuca e Sereno de Campo Grande (duas últimas colocadas da primeira noite de desfiles); Flor da Mina do Andaraí e Alegria de Copacabana (duas últimas colocadas da terceira noite de desfiles); Concentra Imperial e Boi da Ilha do Governador (duas últimas colocadas da terceira noite de desfiles).

A magia do desfile

Sob o véu da noite, onde o céu se confunde com o brilho das estrelas, a Acadêmicos do Cubango entoou seu canto de glória no Carnaval de 2025. No último dia da Série Prata, já na madrugada de Quarta-Feira de Cinzas, a escola não apenas desfilou: ela transcendeu, espalhando uma aura dourada que reverberou além do asfalto.

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O verde e o branco da Cubango encontraram o brilho do ouro e da prata, criando um espetáculo quase alquímico. Desde os primeiros passos na Intendente Magalhães, a vibração era diferente. A escola veio para desafiar o destino, guiada pelo enredo “Àyàn, o Espírito dos Tambores”, concebido pelo carnavalesco André Tabuquine.

Na avenida, a história ganhou vida como um ritual, uma celebração às forças sagradas que habitam o invisível. Os tambores, instrumentos de poder e mistério, reverberaram assim como os próprios pés de Xangô batendo no chão.

Exu, o senhor dos caminhos, invocado na abertura do desfile, liberando as passagens para que a Cubango dançasse sua jornada rumo à consagração. E quando os primeiros acordes do samba-enredo ecoaram, a Intendente tremeu. Como se os ancestrais falassem por meio dos atabaques, enfim conduzindo a escola rumo à sua redenção.

A verde e branco reescreveu sua história com um ritmo frenético e apaixonado, como, por exemplo, uma nação que luta para retomar seu lugar de destaque. O sonho de 2025 terminou em cinzas, mas os tambores ainda ressoam. E o amanhã já se insinua no horizonte, pronto para ser escrito em notas douradas.

 

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