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Ainda Estou Aqui faz história em Hollywood e ganha primeiro Oscar 100% brasileiro

Ainda Estou Aqui faz história em Hollywood e ganha Oscar| TV Globo/Alile Dara Onawale

A cerimônia do Oscar 2025 consagrou o filme “Ainda Estou Aqui”, como o grande vencedor na categoria de Melhor Filme Internacional. A produção brasileira, dirigida por Walter Salles, recebeu outras duas indicações, incluindo Melhor Filme Internacional e Melhor Atriz para Fernanda Torres. A  atriz Penélope Cruz entregou a estatueta. A premiação celebra as melhores produções do cinema mundial, no Dolby Theatre, em Los Angeles, neste domingo de carnaval (2). 

Walter Salles e Fernanda Torres celebram primeiro Oscar do Brasil com Ainda Estou Aqui

Walter Salles e Fernanda Torres | Reprodução/TNT

“Esse prêmio vai para ela: Eunice Paiva”, diz Walter Salles.

O filme do Brasil venceu os também indicados “Emilia Pérez” (França), “Flow” (Letônia), “A semente do fruto sagrado” (Alemanha) e “A garota da agulha” (Dinamarca).

Esta se trata da segunda oportunidade que um filme de Walter Salles recebe indicação ao Oscar, dessa vez tanto para melhor filme estrangeiro, bem como  para melhor filme. Anteriormente, a indicação veio para Melhor Filme Internacional, por Central do Brasil (1998).

A conquista da estatueta pelo Brasil veio com denúncia internacional de crime cometido pela ditadura militar, ao passo que, no Congresso Nacional, alguns parlamentares querem votar anistia para golpistas do 8 de janeiro.

De Fernanda Montenegro à Fernanda Torres

Fernanda Montenegro em ainda Estou Aqui, que venceu o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro

Atriz Fernanda Montenegro no filme nacional Ainda Estou Aqui | Divulgação

Fernanda Montenegro, mãe de Fernanda Torres, recebeu indicação ao Oscar de Melhor Atriz em 1999 por sua atuação em Central do Brasil. Na cerimônia, ela disputou a estatueta com:

  • Gwyneth Paltrow (Shakespeare Apaixonado) – Vencedora
  • Cate Blanchett (Elizabeth)
  • Meryl Streep (Um Amor Verdadeiro)
  • Emily Watson (Hilary e Jackie)

A vitória de Gwyneth Paltrow sofreu muitas críticas, pois muitos consideravam Fernanda Montenegro ou Cate Blanchett favoritas. Agora, Fernanda Torres faz o mesmo percurso da manhã. Central do Brasil, em 1999, perdeu para o italiano “A Vida é Bela”.

Indicações ao Oscar de Melhor Filme Internacional

  1. O Pagador de Promessas (1962) – Indicado

    • Dirigido por Anselmo Duarte. Foi o único filme brasileiro a vencer a Palma de Ouro no Festival de Cannes.
  2. O Quatrilho (1995) – Indicado

    • Dirigido por Fábio Barreto, baseado no romance homônimo de José Clemente Pozenato.
  3. O Que É Isso, Companheiro? (1997) – Indicado

    • Dirigido por Bruno Barreto, baseado no livro de Fernando Gabeira sobre a luta armada na ditadura militar.
  4. Central do Brasil (1998) – Indicado

    • Dirigido por Walter Salles, com Fernanda Montenegro no papel principal. Foi um dos filmes brasileiros mais premiados no exterior.
  5. Cidade de Deus (2002) – Não indicado na categoria de Filme Internacional

    • Representou o Brasil, mas não foi indicado. No entanto, no ano seguinte, recebeu quatro indicações ao Oscar em outras categorias (veja abaixo).

O Brasil no Oscar ao longo da história

Além da categoria de Melhor Filme Internacional, o Brasil recebeu indicações em outras categorias:

  • Melhor Atriz:

    • Fernanda Montenegro por Central do Brasil (1999) – Indicada (perdeu para Gwyneth Paltrow por Shakespeare Apaixonado).
  • Melhor Direção:

    • Fernando Meirelles por Cidade de Deus (2004) – Indicado.
  • Melhor Roteiro Adaptado:

    • Cidade de Deus (2004) – Indicado.
  • Melhor Edição/Montagem:

    • Cidade de Deus (2004) – Indicado.
  • Melhor Fotografia:

    • Cidade de Deus (2004) – Indicado.
    • O Beijo da Mulher-Aranha (1986) – Indicado.
  • Melhor Direção de Arte:

    • O Beijo da Mulher-Aranha (1986) – Indicado.
  • Melhor Filme (produção com participação brasileira):

    • O Beijo da Mulher-Aranha (1986) – Filme com produção brasileira e americana, dirigido por Hector Babenco.

André Freitas
Em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, o rádio ainda pulsa como trilha sonora das manhãs e companheiro das noites quentes do interior. Nesse cenário, uma voz se destacou e ultrapassou a barreira do microfone: André Freitas. Jornalista, locutor, narrador esportivo e compositor, ele se tornou um dos nomes mais respeitados da comunicação fluminense, construindo sua história em meio a ondas sonoras, numa trajetória revolucionária, ousada e emocionante Legado de Paulo Freitas Filho do renomado jornalista Paulo da Costa Freitas, figura histórica do jornalismo nacional, André cresceu respirando a atmosfera das redações de jornais e estúdios de rádio e TV desde cedo. Paulo, falecido em 7 de junho de 2019, foi referência em veículos como as rádios Campos Difusora, Continental, Afonsiana, e jornais como A Cidade, A Notícia, O Monitor Campista, Folha da Manhã, Jornal do Brasil, O Globo e O Fluminense. Essa herança fez com que André assumisse o bastão com identidade própria, mantendo viva a chama do ofício com versatilidade e paixão, sobretudo pela carreira secundária no direito por formação acadêmica. Rádio Absoluta: o palco da voz Foi na Rádio Absoluta AM 1470 — que ressurgiu em 2007 das cinzas da antiga Rádio Jornal Fluminense — que André consolidou sua presença, após atuar como correspondente da Rádio Campos Difusora na capital fluminense e, posteriormente, assumindo programas como "Comando Geral" e "A Hora da Verdade" que ele ganhou fama e notoriedade no Norte Fluminense. Contratado para revolucionar a Absoluta, André atuou como diretor, apresentador e narrador esportivo. Por vezes, foi maior do que a própria emissora, até porque era o seu carisma que conquistava os anunciantes. Com naturalidade, André Freitas conquistou o público regional e, ao mesmo tempo, o respeito da classe política de Campos e do próprio estado do Rio. Sempre manteve diálogo republicano com prefeitos e vereadores, bem como com governadores, vice-governadores, senadores, deputados estaduais e federais. Deu voz à comunidade, aos menos favorecidos, e também às autoridades, buscando por respostas, cobrando ações e providências. Dedicou-se e expôs-se ao máximo, o que lhe rendeu em contrapartida, atritos e convivência permanente com ameaças em razão de suas posições contundentes. Por conta disso, buscou encontrar paz e equilíbrio no jornalismo e esportivo, dividindo o fardo do enfrentamento político com outros colegas. Assim sendo, passou a cobrir campeonatos estaduais de futebol, como o Cariocão. Igualmente, os torneios nacionais como Brasileirão e Copa do Brasil. Mas a carreira se consolidou quanto passou a cobrir eventos esportivos internacionais, como a Copa Libertadores da América e a Copa Sul-americana, tal qual as eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018. Antes disso, cobriu in loco a Copa do Mundo do Brasil, em 2014, e os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. No período em que cobriu a seleção brasileira de futebol, André se deslocou levando o microfone da Absoluta para diversos estádios não só no Brasil como mundo afora. E ousou em adquirir os diretos de transmissão da Copa de 2018, realizada na Rússia. Desse modo, a ousadia de André somente amplificou o alcance da Absoluta, de uma emissora restrita a Campos, mas levada ao mundo pela audácia e espírito empreendedor de quem não se deixou limitar. O repórter que conhece as ruas As grandes atuações de André não ficaram restritas aos gramados. Ele é também um repórter investigativo e cronista urbano. Mesmo com tudo o que fez na Absoluta, foi demitido quando adoeceu severamente, descobrindo ter duas doenças raras – aracnoidite e paniculite mesentérica. Nesse meio tempo, estava em A Tribuna, tradicional jornal de Niterói, ocupando o cargo de editor-chefe multimídia. Infelizmente, já adoentado, diz que não conseguiu dedicar o seu melhor ao jornal, de onde afirma ter saído em paz e em dívida. O quadro severo de dor crônica, insuficiência respiratória, paresias e parestesias constantes, associadas à neuropatia e também à fibromialgia lhe deram força para criar o Folha do Leste, ao lado de sua esposa e companheira, a também jornalista Angélica Carvalho. Atualmente, dedica-se ao portal Folha do Leste, produzindo matérias que vão de denúncias a crônicas políticas, abordando temas como mobilidade urbana e segurança pública. Sua cobertura destaca problemas locais, regionais e nacionais com profundidade. Seu jornalismo tem como base o contato próximo com a realidade da cidade, apostando no poder transformador da informação. Comunicação digital e jornalismo independente Além da rádio e do portal, André é editor executivo da Brasil 21 Comunicação, empresa que atua como agência e que oferece conteúdo, cobertura de eventos e assessorias em geral para o setor privado e público. Nas redes sociais, como Facebook (@reporter.andrefreitas) e Instagram (andrefreitas.jornalista), André compartilha os bastidores da profissão, cultura local e esportes, conectando-se diretamente com seus seguidores como cidadão e jornalista engajado. Raízes, família e legado Fora do ar, André é um pai amoroso e filho orgulhoso da matriarca Brígida, que muito influenciou seus valores, principalmente a perseverança. Sua carreira é uma homenagem diária ao pai Paulo da Costa Freitas, cujo nome permanece vivo em cada texto, e sua alma se faz presente através da voz de André. Uma voz que resiste e inspira Num cenário em constante transformação, em que o jornalismo se reinventa a cada nova plataforma, André Freitas mantém sua essência. Sua voz embala gols, enquanto seu olhar crítico denuncia injustiças. Atualmente, representa a ponte entre o passado nobre da imprensa fluminense e as narrativas que o futuro exige. André Freitas não é apenas um jornalista. É a voz que traduz a essência da arte da comunicação social que pulsa em seu coração e vibra na intensidade de sua alma.

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