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União da Ilha bota pra ferver sob sol quente na Sapucaí

União da Ilha bota pra ferver sob sol quente na Sapucaí - Riotur Alexandre Loureiro

União da Ilha bota pra ferver sob sol quente na Sapucaí | Divulgação/Riotur/Alexandre Loureiro

A União da Ilha do Governador entrou na Marquês de Sapucaí sob um sol escaldante, mas o calor não esfriou o ânimo da comunidade insulana. Com o enredo “Ba-der-na! Maria do Povo”, a escola celebrou a bailarina italiana Marietta Baderna, figura que se tornou símbolo de resistência e liberdade no Brasil do século XIX.

Divulgação/S1 Fotografia/Liga-RJ

 

Apesar de alguns problemas técnicos e da irregularidade em alguns quesitos, a União da Ilha entregou um desfile vibrante, com um samba que fervia na boca dos foliões e contagiava o público presente.

Acertos e adversidades

O desfile da União da Ilha foi marcado por um canto forte e uma evolução fluida, especialmente no início. No entanto, a escola enfrentou alguns desafios que podem custar décimos preciosos na apuração.

União da Ilha na Sapucaí 2025 - Divulgação-Riotur-Ronaldo Nina

Piso do carro alegórico, por exemplo, deixa à mostra problemas de acabamento no desfile da União da Ilha |  Divulgação/Riotur/Ronaldo Nina

O Abre-Alas, que representava o Rio de Janeiro nativista, passou com um queijo tombado em mais de um módulo de julgamento, e a estrutura do segundo andar da alegoria não estava tão firme quanto deveria. Além disso, o casal de mestre-sala e porta-bandeira, David Sabiá e Fernanda Love, teve uma estreia irregular, com um escorregão perceptível do mestre-sala no último módulo.

O final do desfile ficou marcado pela correria, com a bateria passando pelo último módulo sem parar para os jurados, o que pode impactar a pontuação em evolução.

Bateria e samba-enredo

União da Ilha na Sapucaí 2025

Sorriso do ritmista já diz tudo | Divulgação/S1 Fotografia

Conhecida como “Baterilha”, a bateria da agremiação, comandada por Mestre Marcelo Santos, foi uma das grandes estrelas do desfile, num ritmo contagiante que empolgou a plateia.

União da Ilha na Sapucaí 2025 - Divulgação-Riotur-Rafael Catarcione

“Baterilha” deu show à parte | Divulgação/Riotur/Rafael Catarcione

O samba-enredo trouxe uma melodia envolvente e uma letra que capturou a essência do enredo. Sobretudo, celebrando a figura de Marietta Baderna e sua luta pela liberdade e pela arte. A impecável interpretação de Tem-Tem Júnior, com o cantor mostrando vigor e correção no canto, botou o desfile para cima e manteve a energia alta mesmo sob o sol quente.

Enredo Original

União da Ilha na Sapucaí 2025

União da Ilha bota pra ferver sob sol quente na Sapucaí | Divulgação/S1 Fotografia

O enredo “Ba-der-na! Maria do Povo” conduziu o público por uma jornada que começou com o desembarque de Marietta Baderna no Rio de Janeiro, encantada com a natureza vibrante da Baía de Guanabara e com a “Ópera Popular do Cais”, encenada pelo povo preto e pelos indígenas Tamoios.

União da Ilha na Sapucaí 2025

Sol esquenta ainda mais o desfile da União da Ilha na Sapucaí | Divulgação/S1 Fotografia

A narrativa seguiu com as primeiras manifestações culturais do Teatro Imperial, onde a bailarina enfrentou problemas com o Governo Imperial, e culminou na celebração do espírito baderneiro, que reside no coração de cada insulano.

União da Ilha bota pra ferver sob sol quente na Sapucaí | Divulgação/Riotur/Alexandre Loureiro

Comissão de Frente representa o desembarque e primeiro olhar  ao povo carioca de Marietta Baderna pela Baía de Guanabara, no “Cais de uma Ilha Encantada”, conforme justifica o enredo  | Divulgação/Riotur/Alexandre Loureiro

A comissão de frente foi um dos pontos altos do desfile, representando o desembarque de Marietta Baderna com uma coreografia que mesclou tradição e modernidade.

Fluidez com problemas pontuais

A harmonia da escola foi um dos quesitos mais bem executados, com a comunidade cantando forte e mantendo o andamento do samba mesmo sob o sol quente. No entanto, a agremiação teve evolução irregular, especialmente no final do desfile, quando a escola precisou correr para não estourar o tempo. A bateria passou pelo último módulo sem parar, o que pode gerar perda de décimos na pontuação.

União da Ilha na Sapucaí 2025 - Divulgação-Riotur-Ronaldo Nina

Bateria teve que acelerar o passo para escola não estourar tempo | Divulgação/Riotur/Ronaldo Nina

O casal de mestre-sala e porta-bandeira, David Sabiá e Fernanda Love, mostrou uma coreografia marcada e engessada, com passos mais coreografados do que espontâneos. O escorregão do mestre-sala no último módulo foi perceptível e pode impactar a pontuação do quesito.

União da Ilha na Sapucaí 2025

David Sabiá e Fernanda Nobre | Divulgação/S1 Fotografia/Liga-RJ

Conjunto visual: bom gosto com falhas pontuais

União da Ilha na Sapucaí 2025

Divulgação/S1 Fotografia/Liga-RJ

As fantasias e alegorias da União da Ilha foram de bom gosto, com soluções estéticas bem desenvolvidas e uma boa utilização de cores. No entanto, algumas falhas pontuais, como o queijo tombado no Abre-Alas e a exposição excessiva de partes do corpo em algumas fantasias, comprometeram o conjunto visual.

União da Ilha na Sapucaí 2025

Divulgação/S1 Fotografia/Liga-RJ

A segunda alegoria, que representava o Theatro Provisório, foi impactante, mas não conseguiu compensar as falhas do Abre-Alas.

 

Avaliação final

União da Ilha bota pra ferver sob sol quente na Sapucaí | Divulgação/Riotur/Alexandre Loureiro

Velha Guarda da União da Ilha do Governador desfila com gala e elegância | Divulgação/Riotur/Alexandre Loureiro

Por fim, a União da Ilha realizou um desfile vibrante e emocionante. Celebrou com maestria a figura de Marietta Baderna e sua luta pela liberdade e pela arte. Apesar de alguns problemas técnicos e da irregularidade em alguns quesitos, a escola mostrou um desempenho consistente. Destaque para a bateria, o samba-enredo e a harmonia. Ficou entre as melhores da noite, mas abaixo de União de Maricá e Estácio de Sá.

 

André Freitas
Em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, o rádio ainda pulsa como trilha sonora das manhãs e companheiro das noites quentes do interior. Nesse cenário, uma voz se destacou e ultrapassou a barreira do microfone: André Freitas. Jornalista, locutor, narrador esportivo e compositor, ele se tornou um dos nomes mais respeitados da comunicação fluminense, construindo sua história em meio a ondas sonoras, numa trajetória revolucionária, ousada e emocionante Legado de Paulo Freitas Filho do renomado jornalista Paulo da Costa Freitas, figura histórica do jornalismo nacional, André cresceu respirando a atmosfera das redações de jornais e estúdios de rádio e TV desde cedo. Paulo, falecido em 7 de junho de 2019, foi referência em veículos como as rádios Campos Difusora, Continental, Afonsiana, e jornais como A Cidade, A Notícia, O Monitor Campista, Folha da Manhã, Jornal do Brasil, O Globo e O Fluminense. Essa herança fez com que André assumisse o bastão com identidade própria, mantendo viva a chama do ofício com versatilidade e paixão, sobretudo pela carreira secundária no direito por formação acadêmica. Rádio Absoluta: o palco da voz Foi na Rádio Absoluta AM 1470 — que ressurgiu em 2007 das cinzas da antiga Rádio Jornal Fluminense — que André consolidou sua presença, após atuar como correspondente da Rádio Campos Difusora na capital fluminense e, posteriormente, assumindo programas como "Comando Geral" e "A Hora da Verdade" que ele ganhou fama e notoriedade no Norte Fluminense. Contratado para revolucionar a Absoluta, André atuou como diretor, apresentador e narrador esportivo. Por vezes, foi maior do que a própria emissora, até porque era o seu carisma que conquistava os anunciantes. Com naturalidade, André Freitas conquistou o público regional e, ao mesmo tempo, o respeito da classe política de Campos e do próprio estado do Rio. Sempre manteve diálogo republicano com prefeitos e vereadores, bem como com governadores, vice-governadores, senadores, deputados estaduais e federais. Deu voz à comunidade, aos menos favorecidos, e também às autoridades, buscando por respostas, cobrando ações e providências. Dedicou-se e expôs-se ao máximo, o que lhe rendeu em contrapartida, atritos e convivência permanente com ameaças em razão de suas posições contundentes. Por conta disso, buscou encontrar paz e equilíbrio no jornalismo e esportivo, dividindo o fardo do enfrentamento político com outros colegas. Assim sendo, passou a cobrir campeonatos estaduais de futebol, como o Cariocão. Igualmente, os torneios nacionais como Brasileirão e Copa do Brasil. Mas a carreira se consolidou quanto passou a cobrir eventos esportivos internacionais, como a Copa Libertadores da América e a Copa Sul-americana, tal qual as eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018. Antes disso, cobriu in loco a Copa do Mundo do Brasil, em 2014, e os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. No período em que cobriu a seleção brasileira de futebol, André se deslocou levando o microfone da Absoluta para diversos estádios não só no Brasil como mundo afora. E ousou em adquirir os diretos de transmissão da Copa de 2018, realizada na Rússia. Desse modo, a ousadia de André somente amplificou o alcance da Absoluta, de uma emissora restrita a Campos, mas levada ao mundo pela audácia e espírito empreendedor de quem não se deixou limitar. O repórter que conhece as ruas As grandes atuações de André não ficaram restritas aos gramados. Ele é também um repórter investigativo e cronista urbano. Mesmo com tudo o que fez na Absoluta, foi demitido quando adoeceu severamente, descobrindo ter duas doenças raras – aracnoidite e paniculite mesentérica. Nesse meio tempo, estava em A Tribuna, tradicional jornal de Niterói, ocupando o cargo de editor-chefe multimídia. Infelizmente, já adoentado, diz que não conseguiu dedicar o seu melhor ao jornal, de onde afirma ter saído em paz e em dívida. O quadro severo de dor crônica, insuficiência respiratória, paresias e parestesias constantes, associadas à neuropatia e também à fibromialgia lhe deram força para criar o Folha do Leste, ao lado de sua esposa e companheira, a também jornalista Angélica Carvalho. Atualmente, dedica-se ao portal Folha do Leste, produzindo matérias que vão de denúncias a crônicas políticas, abordando temas como mobilidade urbana e segurança pública. Sua cobertura destaca problemas locais, regionais e nacionais com profundidade. Seu jornalismo tem como base o contato próximo com a realidade da cidade, apostando no poder transformador da informação. Comunicação digital e jornalismo independente Além da rádio e do portal, André é editor executivo da Brasil 21 Comunicação, empresa que atua como agência e que oferece conteúdo, cobertura de eventos e assessorias em geral para o setor privado e público. Nas redes sociais, como Facebook (@reporter.andrefreitas) e Instagram (andrefreitas.jornalista), André compartilha os bastidores da profissão, cultura local e esportes, conectando-se diretamente com seus seguidores como cidadão e jornalista engajado. Raízes, família e legado Fora do ar, André é um pai amoroso e filho orgulhoso da matriarca Brígida, que muito influenciou seus valores, principalmente a perseverança. Sua carreira é uma homenagem diária ao pai Paulo da Costa Freitas, cujo nome permanece vivo em cada texto, e sua alma se faz presente através da voz de André. Uma voz que resiste e inspira Num cenário em constante transformação, em que o jornalismo se reinventa a cada nova plataforma, André Freitas mantém sua essência. Sua voz embala gols, enquanto seu olhar crítico denuncia injustiças. Atualmente, representa a ponte entre o passado nobre da imprensa fluminense e as narrativas que o futuro exige. André Freitas não é apenas um jornalista. É a voz que traduz a essência da arte da comunicação social que pulsa em seu coração e vibra na intensidade de sua alma.

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