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Estácio de Sá leva o Leão à Amazônia buscando voltar ao Grupo Especial

Estácio de Sá leva o Leão à Amazônia buscando voltar ao Grupo Especial no Carnaval 2025 - S1 Fotografia

Estácio de Sá leva o Leão à Amazônia buscando voltar ao Grupo Especial no Carnaval 2025 | Divulgação/S1 Fotografia

A Estácio de Sá, uma das escolas mais tradicionais do Carnaval carioca, desfilou na primeira noite da Série Ouro com o enredo “O Leão se Engerou em Encantado Amazônico”. A jornada da agremiação passou pela cosmologia dos povos originários da Amazônia e seus “Encantados” — entidades que personificam as forças da natureza.

Estácio de Sá leva o Leão à Amazônia buscando voltar ao Grupo Especial no Carnaval 2025 | Divulgação/S1 Fotografia

Apesar do canto forte da comunidade de São Carlos e de um samba-enredo forte, o desfile deixou a desejar em originalidade e execução. A tentativa de inserir o leão — símbolo da escola — em um bioma ao qual ele não pertence nos pareceu plausível para justificar a temática.

Erros e acertos

Mesmo sendo uma das escolas mais apoiadas pelo público nas arquibancadas, a Estácio não conseguiu trazer ineditismo à temática amazônica, já tão explorada no carnaval.
Estácio de Sá em 2025 buscando voltar ao Grupo Especial

Amazônia volta à Sapucaí pela segunda vez na noite com a Estácio de Sá, que levou seu Leão à  floresta buscando voltar ao Grupo Especial no Carnaval 2025 | Divulgação/S1 Fotografia

Tal erro levou a agremiação a cometer outros. Por exemplo, o leão em tom verde no abre-alas, em contraste com as cores tradicionais da escola, vermelho e branco. Além disso, problemas de acabamento em algumas alegorias e fantasias com leitura difícil comprometeram a harmonia visual do desfile.

Bateria e samba-enredo: o ponto alto

A bateria da Estácio foi um dos destaques do desfile, com um ritmo contagiante que empolgou a plateia. O samba-enredo, composto por uma equipe de talentosos compositores, trouxe uma melodia envolvente e uma letra que capturou a essência do enredo, celebrando a cultura e o folclore amazônicos.
Estácio de Sá em 2025 buscando voltar ao Grupo Especial

Estácio de Sá leva o Leão à Amazônia buscando voltar ao Grupo Especial no Carnaval 2025 | Divulgação/S1 Fotografia

A interpretação foi impecável, com os puxadores Serginho do Porto e Tiganá transmitindo a energia e a alegria que o tema exigia. No entanto, a escola pecou em evolução. A ala de passistas da agremiação chegou a se dividir ao meio e depois evoluir para trás, no instante em que a bateria entrava no segundo recuo.
Estácio de Sá em 2025 buscando voltar ao Grupo Especial
Temendo estourar o tempo, a escola começou a acelerar o passo nos últimos 15 minutos, ao passo que terminou dentro do tempo regulamentar,  com 54 minutos.

Apresentação da escola

A comissão de frente, coreografada por Júnior Barbosa, foi um dos pontos altos do desfile, representando a dança dos encantados emocionou a plateia. A narrativa seguiu com a exaltação dos encantados, entidades que personificam as forças da natureza, e culminou na celebração dos festivais e tradições culturais da Amazônia.
Estácio de Sá em 2025 buscando voltar ao Grupo Especial

Comissão de Frente da Estácio de Sá em 2025 evolui para os jurados com agremiação tradicional buscando voltar ao Grupo Especial | Divulgação/S1 Fotografia

Pavilhão

Estácio de Sá em 2025 buscando voltar ao Grupo Especial

O casal de mestre-sala e porta-bandeira, Feliciano Júnior e Raphaela Caboclo, fizeram apresentação conservadora, pois o vento não estava a favor da dupla.  Se faltou ousadia, sobrou segurança e correção na performance. A fantasia do casal, representando Coaraci (o sol) e Yaci (a lua), trouxe um visual exuberante e cheio de simbolismo, celebrando o equilíbrio entre as forças da natureza.

Avaliação final

A Estácio de Sá realizou um desfile que, embora tenha tido momentos de brilho, deixou a desejar em originalidade e execução. A escola mostrou um desempenho consistente em quesitos de chão como bateria, samba-enredo e harmonia, mas problemas de enredo, evolução, alegorias e fantasias podem comprometer o resultado final.
Estácio de Sá em 2025 buscando voltar ao Grupo Especial

Baianas da Estácio de Sá em 2025: roupa deixava pernas das “tias do samba” à mostra, tal qual tinha algumas falhas no acabamento, como a falta de tecido na base (à direita da imagem) | Divulgação/S1 Fotografia

Apesar disso, a escola provou que ainda tem força e tradição, e certamente garantiu um desfile memorável para sua comunidade e amantes do samba tradicional.

Do real ao fantástico

Por fim, apesar de nosso olhar crítico, o desfile da Estácio de Sá transcendeu o realismo, celebrando a mítica da cultura e do folclore amazônicos. A luz dos encantados iluminou os componentes, guiando a escola em uma jornada que uniu tradição, natureza e carnaval. Por conta disso, não podemos ter o atrevimento de dizer que ela não estará disputando as primeiras posições.

André Freitas
Em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, o rádio ainda pulsa como trilha sonora das manhãs e companheiro das noites quentes do interior. Nesse cenário, uma voz se destacou e ultrapassou a barreira do microfone: André Freitas. Jornalista, locutor, narrador esportivo e compositor, ele se tornou um dos nomes mais respeitados da comunicação fluminense, construindo sua história em meio a ondas sonoras, numa trajetória revolucionária, ousada e emocionante Legado de Paulo Freitas Filho do renomado jornalista Paulo da Costa Freitas, figura histórica do jornalismo nacional, André cresceu respirando a atmosfera das redações de jornais e estúdios de rádio e TV desde cedo. Paulo, falecido em 7 de junho de 2019, foi referência em veículos como as rádios Campos Difusora, Continental, Afonsiana, e jornais como A Cidade, A Notícia, O Monitor Campista, Folha da Manhã, Jornal do Brasil, O Globo e O Fluminense. Essa herança fez com que André assumisse o bastão com identidade própria, mantendo viva a chama do ofício com versatilidade e paixão, sobretudo pela carreira secundária no direito por formação acadêmica. Rádio Absoluta: o palco da voz Foi na Rádio Absoluta AM 1470 — que ressurgiu em 2007 das cinzas da antiga Rádio Jornal Fluminense — que André consolidou sua presença, após atuar como correspondente da Rádio Campos Difusora na capital fluminense e, posteriormente, assumindo programas como "Comando Geral" e "A Hora da Verdade" que ele ganhou fama e notoriedade no Norte Fluminense. Contratado para revolucionar a Absoluta, André atuou como diretor, apresentador e narrador esportivo. Por vezes, foi maior do que a própria emissora, até porque era o seu carisma que conquistava os anunciantes. Com naturalidade, André Freitas conquistou o público regional e, ao mesmo tempo, o respeito da classe política de Campos e do próprio estado do Rio. Sempre manteve diálogo republicano com prefeitos e vereadores, bem como com governadores, vice-governadores, senadores, deputados estaduais e federais. Deu voz à comunidade, aos menos favorecidos, e também às autoridades, buscando por respostas, cobrando ações e providências. Dedicou-se e expôs-se ao máximo, o que lhe rendeu em contrapartida, atritos e convivência permanente com ameaças em razão de suas posições contundentes. Por conta disso, buscou encontrar paz e equilíbrio no jornalismo e esportivo, dividindo o fardo do enfrentamento político com outros colegas. Assim sendo, passou a cobrir campeonatos estaduais de futebol, como o Cariocão. Igualmente, os torneios nacionais como Brasileirão e Copa do Brasil. Mas a carreira se consolidou quanto passou a cobrir eventos esportivos internacionais, como a Copa Libertadores da América e a Copa Sul-americana, tal qual as eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018. Antes disso, cobriu in loco a Copa do Mundo do Brasil, em 2014, e os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. No período em que cobriu a seleção brasileira de futebol, André se deslocou levando o microfone da Absoluta para diversos estádios não só no Brasil como mundo afora. E ousou em adquirir os diretos de transmissão da Copa de 2018, realizada na Rússia. Desse modo, a ousadia de André somente amplificou o alcance da Absoluta, de uma emissora restrita a Campos, mas levada ao mundo pela audácia e espírito empreendedor de quem não se deixou limitar. O repórter que conhece as ruas As grandes atuações de André não ficaram restritas aos gramados. Ele é também um repórter investigativo e cronista urbano. Mesmo com tudo o que fez na Absoluta, foi demitido quando adoeceu severamente, descobrindo ter duas doenças raras – aracnoidite e paniculite mesentérica. Nesse meio tempo, estava em A Tribuna, tradicional jornal de Niterói, ocupando o cargo de editor-chefe multimídia. Infelizmente, já adoentado, diz que não conseguiu dedicar o seu melhor ao jornal, de onde afirma ter saído em paz e em dívida. O quadro severo de dor crônica, insuficiência respiratória, paresias e parestesias constantes, associadas à neuropatia e também à fibromialgia lhe deram força para criar o Folha do Leste, ao lado de sua esposa e companheira, a também jornalista Angélica Carvalho. Atualmente, dedica-se ao portal Folha do Leste, produzindo matérias que vão de denúncias a crônicas políticas, abordando temas como mobilidade urbana e segurança pública. Sua cobertura destaca problemas locais, regionais e nacionais com profundidade. Seu jornalismo tem como base o contato próximo com a realidade da cidade, apostando no poder transformador da informação. Comunicação digital e jornalismo independente Além da rádio e do portal, André é editor executivo da Brasil 21 Comunicação, empresa que atua como agência e que oferece conteúdo, cobertura de eventos e assessorias em geral para o setor privado e público. Nas redes sociais, como Facebook (@reporter.andrefreitas) e Instagram (andrefreitas.jornalista), André compartilha os bastidores da profissão, cultura local e esportes, conectando-se diretamente com seus seguidores como cidadão e jornalista engajado. Raízes, família e legado Fora do ar, André é um pai amoroso e filho orgulhoso da matriarca Brígida, que muito influenciou seus valores, principalmente a perseverança. Sua carreira é uma homenagem diária ao pai Paulo da Costa Freitas, cujo nome permanece vivo em cada texto, e sua alma se faz presente através da voz de André. Uma voz que resiste e inspira Num cenário em constante transformação, em que o jornalismo se reinventa a cada nova plataforma, André Freitas mantém sua essência. Sua voz embala gols, enquanto seu olhar crítico denuncia injustiças. Atualmente, representa a ponte entre o passado nobre da imprensa fluminense e as narrativas que o futuro exige. André Freitas não é apenas um jornalista. É a voz que traduz a essência da arte da comunicação social que pulsa em seu coração e vibra na intensidade de sua alma.

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