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Intenso tiroteio assusta moradores em operação da PM no Complexo da Penha – Vídeos | Reprodução/Redes Sociais
A Polícia Militar realiza, na manhã desta sexta-feira (21), uma operação nos morros da Fé e Sereno, localizados no Complexo da Penha, Zona Norte do Rio. Desde as primeiras horas do dia, moradores relatam intensa troca de tiros na região. Durante a ação, uma mulher de 50 anos foi atingida na perna dentro de casa, e dois agentes ficaram feridos por estilhaços.
Equipes também atuam em comunidades como Trem, em Vila Kosmos, e Juramento, em Vicente de Carvalho. Relatos indicam que disparos também foram ouvidos no Ipase, em Vila Kosmos, e no Complexo do Lins. Devido à violência, 19 escolas suspenderam as atividades na região.
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Imagens divulgadas nas redes sociais mostram a intensidade do confronto. Em Vila da Penha, uma bala perdida atingiu a janela de uma residência. Segundo a PM, a operação conta com agentes do 16º BPM (Olaria), da Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP) e do 41º BPM (Irajá). O objetivo é coibir a ação de criminosos na área.
A Secretaria Municipal de Saúde informou que o estado de saúde da moradora baleada, Alessandra Cristina da Silva Castella, é estável.
Impactos da Operação
Na região do Complexo da Penha, 15 escolas municipais suspenderam o funcionamento. No Juramento, duas unidades foram afetadas, assim como no Juramentinho, onde mais duas escolas interromperam as atividades.
A Clínica da Família Felippe Cardoso segue atendendo a população, mas suspendeu atividades externas, como visitas domiciliares. Outras unidades, incluindo as clínicas Augusto Boal, Adib Janete e Ana Maria Conceição dos Santos Correia, aguardam avaliação para abertura.
Além das instituições de ensino e saúde, três linhas de ônibus tiveram seus itinerários desviados:
- 621 (Penha x Saens Peña)
- 622 (Penha x Saens Peña)
- 679 (Grotão x Méier)
Violência Recorrente na Penha
O Complexo da Penha é dominado pela facção criminosa Comando Vermelho (CV). O líder da região, Edgard Alves de Andrade, conhecido como Doca ou Urso, é investigado por participação em diversas invasões violentas nos últimos três anos.
No dia 24 de janeiro, uma operação de grande porte no Complexo da Penha resultou em seis mortes, incluindo a do policial militar Diogo Marinho Rodrigues Jordão, de 37 anos. Entre as vítimas também estavam o jardineiro Carlos André Vasconcelos, de 35 anos, atingido por um tiro próximo à estação do BRT da Penha, e moradores do Complexo do Alemão.
Doca, considerado um dos traficantes mais procurados do Rio de Janeiro, lidera o grupo criminoso “Tropa do Urso”. Investigações apontam que ele está envolvido em ataques violentos a diversas comunidades do estado.