CinemaEntretenimento, Artes e Cultura

Juliana Martins causa risos e reflexões em peça na Sala Nelson Pereira dos Santos

Foto: Léo Aversa

Uma comédia com reflexões sobre o universo feminino baseada na própria experiência de vida. Este é o tema da peça “O Prazer é Todo Nosso”, monólogo de Juliana Martins e que vai ao palco da Sala Nelson Pereira dos Santos, em São Domingo, nesta sexta (21) e também no sábado (22) às 20 horas em ambas as datas. Os ingressos custam R$ 80 (inteira) e R$ 40 (meia).

Atriz e produtora de teatro, Juliana conversou com o portal Folha do Leste a respeito da peça, além sobre outros assuntos.

O espetáculo conta algumas passagens do casamento da atriz, que durou 19 anos. Ela explica que ao contar para as amigos algumas das aventuras que passou na vida a dois, provocava muitas risadas nessas conversas. Foi quando percebeu que poderia fazer um material para os palcos.

“Eu percebi que ia dar uma peça quando eu ia contando as situações, as roubadas que vivi, para inúmeros amigos e eles riam muito das histórias. Foi quando notei que ali tinha uma espécie de dicotomia de uma mulher delicada feminina falando abertamente sobre sexo de maneira normal. Alguns imaginam uma mulher vulgar, escrachada, falando sobre isso, o que é uma grande bobagem. Afinal, mulheres gostam de sexo, sim. Aí eu percebi que tinha essa dualidade. Comecei a gravar áudios pra mim sobre histórias que eu vivia. Além disso, também gravava relatos que amigas minhas iam vivendo, mas que eu poderia ter vivido. Tudo isso foi o início do material da peça”, recordou.

Redescoberta após a separação

Casada dos 20 aos 39 anos, a atriz recorda que enquanto “muita gente ficava”, ela preferiu casar-se cedo. Além disso, também relembra que teve poucos namorados antes do casamento. Depois da separação, Juliana explica que passou por um período de redescoberta sexual, emocional e pessoal.

“Quando eu me separei, resolvi redescobrir a minha vida sexual. Isso foi muito importante para mim Eu repito isso muito na peça, pessoas sexualmente satisfeitas são mais felizes. Além disso, pude compreender também que nós somos seres individuais. Naturalmente, temos filhos, pai, mãe, amores, amigos e uma uma esfera de pessoas e afetos. Mas, no fundo, somos seres individuais. Porém independentemente desta condição, cito uma frase do Ingman Bergman que eu adoro: ‘É muito bom ter alguém para dar a mão’. Então, além de eu ter redescoberto minha vida sexual, que me deu uma grande segurança como mulher, eu entendi que eu sou sozinha, mas eu compreendi também que é muito bom ter alguém pra dar a mão”, salienta.

Elogios ao público niteroiense

Juliana Martins já esteve presente em todos os teatros niteroienses com inúmeros espetáculos. A presença na Sala Nelson Pereira dos Santos é mais uma entre tantas participações. A atriz só tem elogios ao público de Niterói. E até brinca que gostaria de receber uma homenagem na cidade.

“Já fiz peça no Teatro Abel, no da UFF, da Unimed, no Teatro Municipal e agora vou fazer na Sala Nelson Pereira do Santos. Acho que mereço uma plaquinha de Cidadã Honorária (risos). Eu gosto muito de fazer peça em Niterói. Sempre é maravilhoso. É um público bem atento e que sempre me tratou muito bem. O meu sarrafo é alto, então não espero menos dessa vez, hein?”, afirma de maneira descontraída.

Lembranças de trabalhos em novelas

Apesar de ser uma atriz que se entrega no palco, embora pontue que faz isso “com segurança”, Juliana também tem uma carreira construída na televisão. No ano passado, a novela que marcou a estreia dela na telinha, A Gata Comeu, completou 40 anos que foi ao ar pela TV Globo. Além disso, ela também fez parte do primeiro elenco de Malhação, em 1995.

Ela não descarta um retorno às novelas e afirma “adorar rever coisas de A Gata Comeu e Malhação”. Para a atriz, ambas as obras de teledramaturgia foram importantes por marcarem, respectivamente, uma época.

“A Gata Comeu marcou uma época, assim como Malhação. A Gata pela questão das crianças e Malhação por abordar o universo jovem. Cada trabalhou mostrou, respectivamente, que as crianças e os jovens eram representados na televisão. E o que foi mais interessante é que cada universo falava daquilo que lhe era comum. Ou seja, as crianças falavam na novela coisas sobre o mundo infantil. E Malhação fez isso com os jovens em um período onde nenhuma obra abordava esse aspecto”, pontua.

Além destes trabalho, Juliana participou de diversas produções também como Riacho Doce (1990), Vamp (1992), Malhação (1995), Zazá (1997), Coração de Estudante (2002), Belíssima (2006), Cheias de Charme (2012) e Geração Brasil (2014). Trabalhou na Rede Record, nas novelas Caminhos do Coração (2008) e Jesus (2019). Também gravou séries e programas para o GNT, como Questão de Família, As Canalhas, Os Homens São de Marte e Copa Hotel.

SERVIÇO:
“O PRAZER É TODO NOSSO”
Local: Sala Nelson Pereira do Santos
Endereço: Avenida Visconde do Rio Branco, 880, São Domingos, Niterói
Data: 21 e 22 de fevereiro (sexta e sábado)
Horário: 20 horas
Duração: 65 minutos
Gênero: Comédia
Classificação indicativa: 14 anos
Valor: R$ 80 inteira e R$ 40 meia
Vendas: site Guichê Web e bilheteria do teatro

 

Você também pode gostar

Deixar uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais em:Cinema