
Blindados da Marinha reforçam segurança no hospital onde médica foi baleada, próximo ao Complexo do Lins. Homenagem ocorre com honras militares no Rio de Janeiro. (Reprodução)
Blindados da Marinha foram posicionados no entorno do Hospital Naval Marcílio Dias, na Zona Norte do Rio, onde a médica Gisele Mendes de Souza e Mello será homenageada nesta quinta-feira (12). A ação ostensiva, que visa garantir a segurança da área, segue sem prazo definido para terminar, segundo nota oficial da Marinha.
Gisele, capitão de Mar e Guerra e especialista em geriatria, morreu após ser atingida por uma bala perdida durante um evento no hospital na última terça-feira (10). A médica, de 55 anos, chegou a ser operada na própria unidade de saúde, mas não resistiu aos ferimentos.
Velório com honras militares
O velório da médica está marcado para as 15h no Crematório São Francisco Xavier, no Caju, também na Zona Norte. O sepultamento ocorrerá às 17h em uma cerimônia reservada para familiares, amigos e colegas da Marinha. Durante o funeral, serão prestadas as tradicionais honras fúnebres, como confirmou a Força Naval em nota oficial.
Durante o funeral, serão prestadas as devidas honras fúnebres, conduzidas pela Marinha do Brasil. A família solicita que sua privacidade seja respeitada neste momento de profunda dor”, informou a instituição.
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Detalhes do incidente
O tiro que atingiu Gisele foi disparado durante uma operação policial no complexo de favelas do Lins, localizado próximo ao hospital. A médica estava no auditório de um prédio anexo ao Marcílio Dias quando foi atingida na cabeça por uma bala que atravessou a janela.
A capitão Adriana Lopes, colega de Gisele, destacou a trajetória da médica na Marinha.
Tivemos a perda irreparável de uma amiga e militar. A doutora Gisele era muito admirada e respeitada por todos. Ela nos inspirava pela forma como enfrentava e vencia desafios, que não foram poucos ao longo de 30 anos de carreira.”
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Ação da Marinha na área
Para reforçar a segurança, a Marinha mobilizou fuzileiros navais que operam na área próxima ao hospital, dentro de um raio de 1.320 metros do perímetro.
No intuito de garantir a segurança da tripulação e usuários do Hospital Naval Marcílio Dias, a Marinha do Brasil exercerá ação de presença com meios de fuzileiros navais na área sob sua jurisdição”, explicou a Marinha em nota.
A médica, que também atuou na linha de frente durante a pandemia, era uma das principais líderes do hospital. Ela estava cotada para se tornar a quarta mulher a alcançar o posto de almirante na história da Marinha.