
Policial agride dona de casa durante abordagem em São Paulo – Vídeo | Reprodução/EPTV
Uma ocorrência envolvendo violência policial durante uma briga familiar ganhou destaque nesta terça-feira (10). Em meio à confusão, um policial militar agrediu uma dona de casa com um soco no rosto, utilizando uma algema como instrumento.
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A força do golpe derrubou a mulher, que foi algemada e levada sob custódia. O fato ocorreu na cidade de Campinas, no interior paulista.
De acordo com o boletim de ocorrência, a polícia classificou o ato como “uso moderado da força”. A vítima, representada pela advogada Thais Cremasco, do coletivo Mulheres Pela Justiça, relatou ter sido ameaçada pelos policiais após as agressões. A denúncia formal será apresentada à Corregedoria da Polícia Militar.
Versões sobre o incidente
A confusão teve início após vizinhos acionarem a polícia devido a gritos vindos da casa da vítima. Segundo a advogada, o caso envolvia a presença de um ex-companheiro da mulher, contra quem ela tem medida protetiva.
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Na versão apresentada pelos policiais, a mulher teria tentado agredir a filha de 20 anos, ameaçando jogar álcool e atear fogo. O boletim relata que ela também desacatou os agentes, chamando-os de “lixo” e “m**da”, e se recusou a ir até a delegacia.
A polícia alega que a agressão foi uma resposta a uma tentativa da mulher de atacar os agentes. O golpe é descrito como “contundente” e aplicado “com uso moderado da força”.
Repercussões e contexto da violência policial
A advogada Thais Cremasco afirma que sua cliente, após o episódio, teme represálias. O caso será formalizado para investigação pela Corregedoria.
O episódio é mais um em meio à escalada da violência policial em São Paulo. Nos últimos meses, outros casos graves resultaram na prisão de dois policiais e no afastamento de 46 agentes.
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Entre as ocorrências, destacam-se a morte de uma criança de 4 anos em Santos e de um estudante de medicina na zona sul paulistana.
Na última semana, um PM foi preso após ser flagrado jogando um homem de uma ponte. Os recentes casos reacendem o debate sobre o uso excessivo da força por parte das autoridades.