UFRJ fica sem luz devido a dívida milionária com a Ligth. Reitoria busca apoio do MEC para normalizar o fornecimento. (Divulgação)
A Light interrompeu o fornecimento de energia elétrica em instalações da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) nesta terça-feira (12) devido a uma dívida acumulada. O débito de R$ 35,7 milhões abrange faturas atrasadas de março a novembro de 2024 e parcelas de um acordo firmado em 2020. A empresa limitou o corte a atividades não essenciais, conforme autorizado pela Justiça, para preservar serviços de saúde e segurança da universidade. Ainda na quarta-feira (13), alunos e funcionários vão até a unidade para saber se terá aulas e trabalho.
Em uma lista publicada nesta terça-feira (12), pela Times Higher Education, revista inglesa que publica artigos e notícias sobre ensino superior, a UFRJ ficou em terceiro lugar como melhor universidade da América Latina, depois da Universidade de Campinas (Unicamp) e a Universidade de São Paulo (USP), que ficaram em 2º e 3º lugar. Profissionais da educação e alunos esperavam comemorar essa notícia, mas infelizmente não terá aula em grande parte das unidades.
Negociações e histórico da dívida com a concessionária
Desde junho, a UFRJ tenta negociar uma solução para evitar o corte de luz, segundo nota da instituição. A dívida total, que inclui R$ 31,8 milhões em contas atrasadas e R$ 3,9 milhões de um acordo anterior, havia motivado a Light a notificar a universidade sobre o possível corte em julho. A UFRJ, no entanto, afirma que solicitou uma suplementação orçamentária ao Ministério da Educação (MEC) e acionou a Procuradoria Federal para barrar a suspensão de energia, conseguindo, inicialmente, uma decisão judicial favorável.
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Corte parcial de energia e ações da reitoria para reverter situação
Após uma reunião entre a reitoria da UFRJ e a Light, que terminou sem acordo, a empresa cortou a energia em 15 prédios dos campi da Ilha do Fundão e Quinta da Boa Vista, afetando setores acadêmicos e administrativos. Em nota, o reitor Roberto Medronho informou que a universidade recorreu da decisão e questionou os critérios usados pela Light para definir serviços essenciais. A UFRJ afirmou que está trabalhando para reverter a situação e garantir a retomada de todas as atividades afetadas.
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