Estudo do MPRJ sobre violência escolar é destaque nacional no CNMP
Estudo do MPRJ sobre violência escolar é destaque nacional no CNMP | Reprodução
A violência no entorno das escolas da Região Metropolitana do Rio ganhou destaque nacional. Um estudo do Ministério Público do Rio (MPRJ) foi selecionado para o Banco de Boas Práticas do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).
A pesquisa analisou tiroteios entre 2017 e 2024, além do impacto da violência no fechamento de colégios e na rotina de alunos. O levantamento identificou áreas críticas e padrões de risco, reforçando como o medo e a insegurança afetam o aprendizado.
O relatório também relacionou conflitos armados próximos a unidades escolares com prejuízos diretos à comunidade. Segundo o documento, os dados revelam a urgência de integrar políticas públicas entre educação, segurança e Justiça.
O Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública (GAESP/MPRJ) conduziu o estudo com base em informações da plataforma Fogo Cruzado, do Censo Escolar (INEP) e da Secretaria Municipal de Educação (SME). O material propõe a criação de um banco de dados unificado e planos de ação conjunta entre instituições.
O Banco de Boas Práticas do CNMP reúne iniciativas inovadoras e com resultados comprovados. O objetivo é divulgar experiências bem-sucedidas conduzidas por membros do Ministério Público nas áreas de segurança pública e controle da atividade policial.
Rotina sob risco
A violência no entorno das escolas segue preocupante. Em agosto, sete colégios de São Gonçalo suspenderam aulas após uma operação policial no Complexo do Salgueiro.
Poucos dias antes, um menino de 7 anos foi baleado dentro da Escola Municipal Professora Marisa Vargas Menezes, em Rio das Pedras, Zona Oeste.
Em junho, o Complexo de Israel, na Zona Norte, registrou intenso tiroteio que forçou o fechamento de 11 escolas em áreas como Cidade Alta, Cinco Bocas e Pica-Pau.
A sequência de casos mostra o quanto a violência armada ainda limita o direito à educação e reforça a importância do estudo selecionado.
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