STF julga vínculo trabalhista de entregadores e motoristas de apps

STF julga vínculo trabalhista de entregadores e motoristas de apps | Bruno Peres/Agência Brasil
O Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para quarta-feira (1°) o início do julgamento sobre o reconhecimento de vínculo empregatício entre entregadores e motoristas de aplicativos e as plataformas digitais. O caso é conhecido como uberização das relações de trabalho.
A decisão terá impacto em cerca de 10 mil processos que aguardam posicionamento do plenário. Serão julgadas duas ações relatadas pelos ministros Edson Fachin e Alexandre de Moraes, originadas de recursos da Rappi e da Uber.
As empresas contestam decisões da Justiça do Trabalho que reconheceram vínculo empregatício. A Rappi afirma que as decisões desrespeitam a posição do STF, que entende não haver relação formal de emprego com os entregadores.
Já a Uber argumenta que é uma empresa de tecnologia e não do ramo de transportes. Segundo a plataforma, o reconhecimento do vínculo trabalhista altera o modelo de negócio e viola o princípio da livre iniciativa.
Além das defesas das empresas, os ministros ouvirão entidades que defendem o reconhecimento do vínculo trabalhista para motoristas e entregadores.
O julgamento será a primeira pauta do plenário sob o comando do ministro Edson Fachin, que assume a presidência do STF na segunda-feira (29). Ele sucederá o ministro Luís Roberto Barroso, que encerra mandato de dois anos à frente da Corte.
+ MAIS NOTÍCIAS DO BRASIL? CLIQUE AQUI