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Saída de Marlon Freitas do Botafogo para o Palmeiras revolta torcida alvinegra

 

Saída de Marlon Freitas do Botafogo para o Palmeiras revolta torcida alvinegra

Saída de Marlon Freitas do Botafogo para o Palmeiras revolta torcida alvinegra | Vitor Silva/Botafogo

Por André Freitas: do RIO de JANERO — A saída de Marlon Freitas do Botafogo para o Palmeiras incendiou as redes alvinegras e expôs uma insatisfação rara entre a torcida. Capitão e referência do time, Marlon deixa General Severiano. Inicialmente, cogitava-se sua ida para o São Paulo. Todavia, enquanto todos colocavam o Chester no forno, Leila Pereira, presidente do Palmeiras, já estava servindo a sobremesa da ceia.

Botafogo e Marlon mantinham tratativas com o São Paulo. Entretanto, entrou em campo o “eu quero” de Leila Pereira. Quem acompanha o futebol sabe que presença ela tem, assim como milhões de argumentos . Juntamente com Leila, há duas questões que se ausentaram no Botafogo em 2025: estabilidade política e solidez administrativa. Táticas fundamentais de gestão futebolísticas que, em tese, dão segurança a um atleta.

Desse modo, Leila apresentou mais do que uma proposta a Marlon Freitas, mas um projeto. Coisa que o Botafogo deveria ter feito no lugar de barganhar renovação de salário. Principalmente, com argumentos baseados em etarismo. Afinal, Marlon Freitas passou a se achar um Rolex Patek Philippe (relógio luxuoso, caríssimo símbolo de exclusividade para poucos). Leila Pereira viu isso e resolveu pagar o preço, mesmo sabendo que não valia.

Marlon Freitas esperava de Textor o que Leila fez em cinco minutos

Portanto, não se tratou somente de uma transação econômica. Mas de um ato que pagou muito mais do que o jogador queria. Marlon Freitas teve de onde menos esperava o reconhecimento de tudo o que fez pelo Botafogo. Da presidente do maior adversário do clube em 2023 e 2024: Leila Pereira.

Nada que John Textor dissesse a ele depois do movimento feito por Leila mudaria sua cabeça, a não ser que ele fosse doido. Não restam dúvidas de que ele amou e deu o seu melhor pelo Botafogo. Perdeu seu pai enquanto atuava pelo clube e, mesmo assim, liderou o time que perdeu fôlego em 2023.

Foi um dos poucos que ficou no clube, mas não deixou de honrar a camisa alvinegra. Certamente, como muitos torcedores alvinegros, ficou chateado vendo companheiros indo embora, um a um, praticamente sob convite. Se temeu por isso, não deixou de ter razão.

Feitiço repetido

Em outras palavras, a dirigente alviverde usou com Marlon Freitas a mesma estratégia que tirou Caio Paulista do mesmo São Paulo, em 2024. Depois, o Palmeiras simplesmente emprestou o jogador ao Atlético-MG, que já avisou que devolverá o atleta. Sem ter interesse em Caio Paulista, o Palmeiras já vislumbra emprestá-lo novamente.

Isso nos faz pensar no futuro de Marlon Freitas e em como Abel Ferreira pretende encaixar o volante em um elenco com pressão ofensiva triplicada?

Impacto imediato no Botafogo

Do lado alvinegro, a saída de Marlon não é vista apenas como uma baixa técnica. É, sobretudo, um desgaste político com a torcida.

Internamente, dirigentes agora articulam planos de contingência para:

  • Redefinir liderança no vestiário
  • Reforçar a cultura de clube em 2026
  • Enviar sinais à base de que a instituição prioriza projeto, e não apenas negócios

A dúvida que ecoa entre a torcida é implacável: se nem o capitão está imune, quem mais está vulnerável?

A saída abre um dilema para a diretoria alvinegra: qual o custo político dessa decisão? Tanto junto à torcida e até mesmo perante jogadores desejados pela diretoria? O tempo responderá e esperamos que de forma positiva, tanto por Marlon


Negociar com rival? Regra tradicional ignorada

No futebol brasileiro, há uma regra não escrita: não se vende jogador decisivo para rival direto. Se a saída é inevitável, o destino costuma ser fora do eixo nacional — Europa, China ou Oriente Médio. Levar um capitão formado e respeitado para um concorrente direto mexe com a identidade do clube e com a fé da torcida na diretoria.

No caso de Marlon, porém, a lógica mudou. Além do apelo financeiro, a investida de Leila Pereira colocou o Palmeiras novamente no centro da disputa por peças consideradas estratégicas no mercado interno — e isso transformou um processo que poderia ter sido conduzido com calma em um sprint até o anúncio.


Repercussão entre torcedores verificados

A revolta nas redes veio acompanhada de nomes conhecidos e perfis verificados com grande alcance dentro da comunidade alvinegra:

Rodrigo Rodrigues (@RRodriguesOficial), comentarista ligado à Nação Alvinegra:

“Vender o capitão para o Palmeiras é abrir mão do DNA do clube. Se tinha que sair, que fosse para longe. Isso aqui é Botafogo, não mercado de passagem.”

Mariana Silva (@MariSilvaBotafogo), influenciadora e presença constante nos estádios:

“Perdemos gol, perdemos zagueiro, mas perder líder é outra coisa. Isso mexe com vestiário e com a gente. Não era para ser assim.”

Henrique Tavares (@Tavares1904), um dos administradores de grupos de torcedores:

“A diretoria teve medo de segurar a bronca. Poderia cobrir a oferta, segurar Marlon e reconstruir o time. Agora estamos mais fracos e eles fortaleceram rival.”

Essas vozes refletem o sentimento dominante em perfis de torcedores com grande engajamento, que vêm acumulando milhares de interações desde que o rumor da negociação com o Palmeiras se intensificou.


 

 

Questões em aberto

A decisão de liberar Marlon para o rival polariza opiniões. Alguns setores argumentam que a oferta do Palmeiras foi irrecusável do ponto de vista econômico e que a prioridade do jogador em estabilidade é legítima. Outros veem o negócio como um erro estratégico que pode custar caro em campo e no relacionamento com a arquibancada.

Ainda faltam respostas claras sobre:

  • Como Abel Ferreira pretende encaixar Marlon num esquema com cobrança imediata
  • Qual será o impacto psicológico no elenco botafoguense
  • Se o São Paulo ainda pode entrar na disputa por outras peças depois dessa derrota de mercado, inclusive com o próprio Botafogo


 

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