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Estudo revela principais erros na redação do Enem 2025

Estudo revela principais erros na redação do Enem 2025 | Reprodução

A poucos dias do Enem 2025, um estudo da plataforma Redação Nota 1000 revelou os erros mais comuns que comprometem o desempenho dos candidatos na redação — parte essencial do exame. A análise considerou mais de 300 mil textos avaliados no primeiro semestre do ano.

Os principais deslizes envolvem ortografia, pontuação, repetição de palavras e falta de repertório sociocultural. Segundo especialistas, a prática constante da escrita é o método mais eficaz para corrigir falhas e elevar a nota final.

“Persistir na escrita é essencial. A cada texto revisado, o estudante identifica novos detalhes a melhorar”, explica Fernanda Becker, analista pedagógica da plataforma.

Erros mais frequentes por competência

Competência 1 – Escrita formal da língua portuguesa:

Os problemas mais comuns estão na ortografia (74,29%) e na pontuação (71,34%). O professor Roberto Caliani Janeiro recomenda revisar o rascunho com atenção. “Palavras retiradas da coletânea não podem ter sua grafia alterada. Uma leitura final ajuda a corrigir acentos e erros de escrita”, orienta.

Competência 2 – Compreensão da proposta:

A falta de repertórios produtivos (36,40%) aparece como principal falha. A professora Ana Flávia dos Reis lembra que bons repertórios precisam ser legitimados, pertinentes e produtivos. “Eles devem contribuir diretamente para o desenvolvimento da tese”, reforça.

Competência 3 – Organização dos argumentos:

Muitos textos apresentam ideias pouco desenvolvidas (61,65%). O autor Diogo D’Ippolito explica que “argumentar bem exige explicar e conectar as ideias, e não apenas opinar”.

Competência 4 – Coesão textual:

A repetição de termos (45,28%) é o maior obstáculo. Para Maria Clara Alves, coordenadora da rede Anglo Alante, ler com frequência ajuda a ampliar o vocabulário e melhorar a fluidez.

Competência 5 – Proposta de intervenção:

Os maiores erros estão na falta de modo (29,71%) e detalhamento (29,80%). “Soluções genéricas e cópias da coletânea reduzem a nota”, destaca Joice Oliveira, do Multiverso das Letras.

Falhas graves

O estudo também apontou erros que podem derrubar drasticamente a nota:

  • Ausência de proposta de intervenção (2,31%)
  • Tangência ao tema (0,91%)
  • Uso de inteligência artificial (0,54%)
  • Redação em branco (0,36%)
  • Fuga total ao tema (0,33%)

Para Yuri Barbosa Martins, professor da rede Pitágoras, entender os cinco elementos da intervenção — agente, ação, modo, detalhamento e finalidade — é crucial. Já Márcia Pelachin, do Colégio Rio Branco, alerta que a tangência pode ser evitada com o uso de sinônimos e clareza na introdução.

Por fim, Mara Couro Linhares, do Fibonacci Sistema de Ensino, reforça que a fuga total ao tema ocorre quando o texto ignora as palavras-chave da proposta.

“Ler com atenção os textos motivadores e compreender o foco temático é essencial”, conclui.

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