Policial civil é assassinado a tiros em Piratininga, na Região Oceânica de Niterói

Policial civil é assassinado a tiros em Piratininga, na Região Oceânica de Niterói | Reprodução
*Matéria atualizada 06/10/25 as 11:31
Três homens — dois deles policiais militares — foram presos na manhã desta segunda-feira (6) suspeitos de envolvimento na execução do policial civil Carlos José Queirós Viana, de 59 anos, em Piratininga, Região Oceânica de Niterói.
A prisão dos suspeitos ocorreu poucas horas após o crime, durante ação da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Maricá (DHNSG) em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Segundo os investigadores, o caso é tratado como execução, e não como latrocínio.
Carro clonado e armas compatíveis com o crime

Carro clonado foi apreendido com os criminosos, presos em Xerém, em Duque de Caxias | Reprodução
Com o grupo, os policiais civis apreenderam armas compatíveis com os calibres usados no assassinato. O carro utilizado no ataque, um Chevrolet Ônix branco, era clonado.
Os presos foram identificados como cabo Fábio de Oliveira Ramos, do 3º BPM (Méier); cabo Felipe Ramos Noronha, do 15º BPM (Duque de Caxias); e Mayck Junior Pfister Pedro.

Fabio de Oliveira Ramos, Felipe Ramos Noronha e Mayck Junior Pfister Pedro | Reprodução
A vítima, Carlos José, era comissário da 29ª DP (Madureira) e foi morta na porta de casa, na Rua Raul Corrêa de Araújo, por volta das 6h30, quando saía para jogar o lixo.
Câmeras ajudaram na localização dos suspeitos
De acordo com a DHNSG, imagens do Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp) foram fundamentais para rastrear o trajeto dos suspeitos. As câmeras registraram a rota de fuga até Duque de Caxias, onde os criminosos foram localizados.
A Corregedoria da Polícia Militar acompanhou a prisão dos dois agentes e informou que ambos serão levados para o Batalhão Especial Prisional (BEP), unidade destinada a PMs custodiados. Os militares responderão também a um processo administrativo interno que pode resultar em expulsão da corporação.

Morte de policial civil em Niterói é investigada | Reprodução/ TV Globo
Autoridades comentam o caso
O governador Cláudio Castro (PL) afirmou que a prisão dos PMs “mostra que não há bandido de estimação” e defendeu punição exemplar.
“Se antigamente o policial dizia que ia para o lado errado porque não tinha salário, isso hoje não existe mais. Quem vai para o lado errado é bandido e será punido. Vamos iniciar o processo de expulsão imediatamente se a culpa for comprovada”, disse o governador, durante inauguração da nova Deam da Zona Sul do Rio.
O delegado Willians Batista, titular da DHNSG, reforçou que a principal linha de investigação é a de execução.
“Conseguimos posicionar o carro entrando em Xerém, e ele foi encontrado queimado. No veículo, havia três armas compatíveis com o calibre usado no crime”, explicou.
Já o secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, disse que a corporação apura se há outros envolvidos.
“Se houver mais participantes, faremos as diligências necessárias para efetuar novas prisões”, afirmou.
Região permanece sob reforço policial
Após o crime, equipes do 12º BPM (Niterói) foram acionadas para isolar a área e reforçar o patrulhamento em Piratininga. A perícia técnica foi realizada pela DHNSG, que segue reunindo provas para esclarecer a motivação da execução.
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