Obras na Serra das Araras avançam e nova pista pode abrir antes do previsto

Obras na Serra das Araras avançam e nova pista pode abrir antes do previsto | Divulgação
Aceleradas pelas obras na Serra das Araras, as intervenções na Via Dutra mudam a mobilidade entre Rio e São Paulo e indicam entrega antes do prazo. O avanço, que altera um dos trechos mais críticos do país, já cria expectativa de redução de acidentes e maior fluidez.
O gerente de Engenharia e Obras da RioSP, Virgilius Morais, afirma que o ritmo atual aponta para inauguração no primeiro trimestre de 2027, mesmo que o contrato estabeleça 2028 e 2029 como datas oficiais. Ele explica que o planejamento estratégico, reforçado por novas frentes de trabalho, eleva a produtividade e mantém a segurança como prioridade.
Os investimentos chegam a R$ 1,5 bilhão e criam um novo desenho viário. O projeto prevê 24 viadutos, duas rampas de escape, melhorias em 14 acessos e uma marginal no sentido São Paulo. A intervenção cobre oito quilômetros por sentido, totalizando 16 km entre Piraí e Paracambi. Com tráfego mensal de 390 mil veículos, a região vive impacto direto das mudanças estruturais.
As novas pistas ocuparão o traçado atual da subida. O desenho antigo deixará de existir, abrindo espaço para vias mais largas, com quatro faixas, acostamento e área de segurança. A pista de descida tradicional, marcada por curvas e histórico de acidentes, será convertida para uso local ou contingências.

Obras na Serra das Araras avançam e nova pista pode abrir antes do previsto | Divulgação
O avanço estimado inclui redução de 25% no tempo de subida e de 50% na descida. A mudança diminui custos logísticos, aumenta a previsibilidade de viagens e melhora a segurança para motoristas e transportadores de carga.
O ritmo acelerado depende da atuação de 2.500 trabalhadores em dois turnos. No alto da serra, centrais de brita, concreto, solo, asfalto e pré-moldados mantêm o trabalho contínuo. As vigas dos viadutos são fabricadas no local. Pelo menos 150 já foram lançadas, enquanto 270 seguem prontas no pátio. Até o fim do processo, o montante chegará a 490.
A obra opera com 34 frentes simultâneas. As equipes realizam solo grampeado, fundações, fabricação de peças e terraplenagem. Setenta e cinco por cento dessa etapa sensível já foi concluída. O trabalho envolve desmontes de rocha e 250 interdições controladas para detonação, sempre com reaproveitamento de material nas centrais industriais.
A RioSP também cumpre 62 condicionantes ambientais e aplica práticas sustentáveis. Entre elas, uso de RAP, proteção de cursos d’água, cuidado com a fauna e preservação de vegetação nativa. Todas as ações são monitoradas pelo INEA.
O trecho permanece interditado entre 13h e 15h, de segunda a quinta, por segurança. A concessionária reforça que a cooperação dos motoristas é essencial para manter o fluxo das atividades.
Com apenas 20 meses de execução desde abril de 2024, a obra atingiu 56% de avanço físico. Segundo Virgilius, o objetivo segue claro: antecipar a entrega de um eixo que carrega metade do PIB brasileiro.



























