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Mercado projeta PIB em 2,25% e Selic em 15% para 2025

Mercado projeta PIB em 2,25% e Selic em 15% para 2025 | Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O mercado financeiro elevou a previsão de crescimento da economia brasileira para este ano de 2,16% para 2,25%, segundo o boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (8) pelo Banco Central (BC). A pesquisa semanal reúne a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos do país.

Para 2026, a projeção do Produto Interno Bruto (PIB) subiu de 1,78% para 1,8%. Já para 2027 e 2028, as estimativas são de 1,84% e 2%, respectivamente.

O crescimento neste ano foi puxado principalmente pelos setores de serviços e indústria, com o PIB registrando expansão de 0,4% no segundo trimestre.

Em 2024, a economia brasileira avançou 3,4%, consolidando quatro anos consecutivos de crescimento, sendo o maior desde 2021, quando o PIB cresceu 4,8%.

Dólar e inflação

A previsão para a cotação do dólar encerra 2025 em R$ 5,40 e sobe para R$ 5,50 ao fim de 2026.

A inflação oficial (IPCA) deste ano caiu de 4,43% para 4,4%, segundo o boletim Focus. Para 2026, a projeção ajustou-se de 4,17% para 4,16%, enquanto para 2027 e 2028 as estimativas são de 3,8% e 3,5%, respectivamente.

A queda da inflação foi impulsionada principalmente pela redução na conta de luz, com o IPCA de outubro registrando 0,09%, o menor para o mês em quase 30 anos. A inflação acumulada em 12 meses chegou a 4,68%, ainda acima do teto da meta do Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 4,5%.

O IBGE divulgará o IPCA de novembro na próxima quarta-feira (10).

Juros básicos

Para controlar a inflação, o Banco Central utiliza a taxa Selic, atualmente em 15% ao ano, definida pelo Copom. A manutenção da Selic por três reuniões consecutivas reflete a desaceleração da economia, mas o colegiado não descarta novos aumentos caso a situação exija.

A expectativa é que a Selic permaneça em 15% até o final de 2025, caindo para 12,25% em 2026, 10,5% em 2027 e 9,5% em 2028.

Quando a Selic aumenta, o crédito fica mais caro, desestimulando o consumo e controlando a inflação. Por outro lado, a redução dos juros tende a baratear o crédito, estimular produção e consumo, mas pode pressionar os preços.

Cenário e atenção

O BC destacou que o ambiente externo segue incerto, especialmente devido às políticas econômicas dos Estados Unidos. No Brasil, embora a atividade econômica desacelere, a inflação ainda está acima da meta, o que justifica a manutenção de juros altos por mais tempo.

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