José Boto compara Filipe Luís a Guardiola e técnicos da nova escola europeia
José Boto compara Filipe Luís a Guardiola e técnicos da nova escola europeia | Gilvan de Souza/Flamengo
A leitura de José Boto sobre o estilo de Filipe Luís no Flamengo aponta um caminho claro. Para o diretor de futebol rubro-negro, o treinador tem perfil europeu e não deve demorar a cruzar o Atlântico.
O dirigente português já falou publicamente, em mais de uma ocasião, sobre o potencial do comandante rubro-negro. Dessa vez, porém, foi além ao traçar paralelos diretos com técnicos que dominam a nova escola do futebol europeu.
Apesar da forte influência de Diego Simeone na formação de Filipe Luís como jogador, Boto vê diferenças evidentes na forma como o treinador brasileiro pensa o jogo. Segundo ele, o aprendizado com o argentino ficou mais ligado à liderança e à organização defensiva.
“Ele aprendeu muita coisa com Simeone, principalmente a nível de liderança e comportamentos defensivos. Mas acho… Não, tenho certeza de que ele é muito mais próximo de Guardiola, Arteta, Maresca, De Zerbi, do que do Simeone ou mesmo do Jesus.”
A comparação afasta Filipe Luís de referências como Jorge Jesus e do próprio Simeone. Para Boto, o técnico rubro-negro se encaixa melhor em um modelo que privilegia controle, leitura de espaços e jogo posicional.
Essa identidade, segundo o dirigente, não nasce apenas da cabeça do treinador. Ela também se constrói dentro da comissão técnica.
O auxiliar espanhol Ivan Palanco aparece como peça-chave nesse processo. Formado na escola do Barcelona, ele carrega conceitos ligados ao jogo posicional e à ocupação racional do campo.
“O assistente dele tem toda uma escola do Barcelona, de jogo posicional e isso nota-se no jogo do Flamengo.”
Na visão de José Boto, essa combinação explica por que o Flamengo apresenta um estilo mais próximo das ideias de Guardiola do que dos modelos mais reativos que marcaram o passado recente do clube.
