Mais de 100 jogadoras profissionais de diferentes países assinaram uma carta aberta pedindo à Fifa que encerre o contrato de patrocínio com a Aramco, estatal petrolífera da Arábia Saudita. No manifesto, as atletas acusam o governo saudita de “violações brutais dos direitos humanos” e destacam que não desejam contribuir para “encobrir essas violações”.
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O documento foi divulgado no site “Athletes of the World” e segue aberto para novas assinaturas. O movimento é liderado por atletas de destaque mundial, como Becky Sauerbrunn, bicampeã mundial e campeã olímpica, a canadense Jesse Fleming, ouro nas Olimpíadas de 2021, e Vivianne Miedema, estrela da seleção holandesa.
A Fifa assinou em abril um contrato de quatro anos com a Aramco, que garante o patrocínio de competições como a Copa do Mundo masculina de 2026 e a Copa do Mundo feminina de 2027. A principal crítica das atletas recai sobre as práticas do governo saudita e o impacto do acordo na imagem do futebol feminino.
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Na carta, as jogadoras afirmam que a Arábia Saudita usa patrocínios esportivos para desviar a atenção de sua “reputação brutal” em relação aos direitos humanos. As atletas destacam que o regime saudita oprime sistematicamente as mulheres e criminaliza indivíduos LGBTQ+.
“As ações do governo falam por si. Não queremos que nossa imagem seja usada para encobrir essas violações”, diz o texto do manifesto.
As atletas pedem que a Fifa substitua a Aramco por patrocinadores que defendam direitos humanos, igualdade de gênero e sustentabilidade. Elas reforçam que uma empresa envolvida na crise climática e controlada por um estado que restringe liberdades não deve patrocinar eventos esportivos globais. O fundo soberano saudita possui 98% das ações da Aramco, reforçando a ligação da estatal com o governo do país.






























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