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Botafogo amarela para o Mirassol e cede empate após 3×0

Davide Ancelotti, técnico do Botafogo, gesticulando na beira do campo durante empate contra o Mirassol, Brasileirão Série A.

A reação do técnico Davide Ancelotti após o Botafogo ceder o empate de 3 a 3 para o Mirassol no Nilton Santos | Vitor Silva/BFR

Eis que o alvinegro amarelou novamente numa noite dramática no Estádio Nilton Santos marcou o empate entre Botafogo e Mirassol nesta quarta-feira (17) ao mesmo tempo que ressuscitou a frase “tem coisas que só acontecem com o Botafogo. O time carioca abriu 3 a 0 no placar ainda no primeiro tempo, bem como fez o torcedor mais otimista sonhar com uma goleada.

Todavia, os botafoguenses com mais de 30 anos de idade preferiram manter os pés no chão. Nesse sentido, lamentavelmente, a razão estava ao lado dos pessimistas. Sobretudo para aqueles que não se esquecem do ano de 2023 com as incríveis levadas de virada em casa para Palmeiras e Grêmio. Ademais, a ridícula derrota para o Cuiabá que desconstruíram um título que parecia fácil mas se tornou o maior fantasma do clube.

Assim sendo, pode-se dizer que a mesma “alma penada” que causou o apagão de 2023 (naquele Botafogo x Atlhetico-PR) encarnou no “Leão Caipira” entre o primeiro e o segundo tempo. Desse modo, fez o Mirassol ressurgir das cinzas para buscar uma igualdade histórica de 3 a 3.

O resultado, válido pela 12ª rodada atrasada do Brasileirão Série A, impediu o Botafogo de ingressar no G4, última meta de um ano que merece acabar logo.

O Roteiro do Desastre

O Glorioso iniciou a partida com o brilho de seus estrangeiros. Aos 12 minutos, Savarino abriu o placar. Chris Ramos ampliou aos 30, aproveitando uma sobra na área. Montoro fechou o placar da primeira etapa aos 40 minutos, completando rebote do goleiro Walter. O domínio do Botafogo era completo, e a vitória parecia encaminhada.

Contudo, o intervalo mudou o destino do confronto. O Mirassol voltou com ímpeto e surpreendeu a defesa alvinegra. No primeiro minuto da etapa final, Chico da Costa diminuiu. Aos 12, Jemmes acertou um belo chute no ângulo, e a vantagem desabou. O gol do empate veio apenas três minutos depois: aos 15, Lucas Ramon cabeceou livre na segunda trave, selando o 3 a 3. O placar não se alterou mais, e o empate sacramenta a perda da chance de G4 para o time da casa.

Arquibancadas Vazias e o Sentimento de 7 a 1

O drama em campo ocorreu diante de um público reduzido. Com apenas 6.724 torcedores presentes, a partida contra o Mirassol estabeleceu o pior público do Botafogo no Nilton Santos nesta edição do Campeonato Brasileiro. A ausência maciça da torcida reflete o cansaço e a frustração após as recentes eliminações e a instabilidade do clube.

O contraste com o recorde de 40.649 torcedores na semana passada, contra o Vasco pela Copa do Brasil, evidencia o desânimo do torcedor alvinegro.

Para o Botafogo, o ponto conquistado teve o amargo sabor de uma derrota esmagadora, comparável ao 7 a 1 de Brasil e Alemanha. O time agora ocupa a quinta posição da tabela, com 36 pontos, mantendo o Mirassol, com 39 pontos, na quarta colocação.

O próximo compromisso do Botafogo será contra o Atlético-MG, no sábado (20), às 18h30, novamente no Nilton Santos. A pergunta que flutua é se o revés desta noite irá aprofundar a crise de confiança ou mobilizar a reação da equipe.

André Freitas
Diretor-Executivo e repórter do Folha do Leste e da Brasil 21 Comunicação. Radialista e Jornalista desde a década de 1990. Narrador esportivo e cronista especializado em Carnaval, com 26 coberturas presenciais na Marquês de Sapucaí. Tem vasta experiência na cobertura da editoria de política em razão dos cargos públicos que exerceu nos poderes Legislativo e Executivo: Câmaras Municipais de Niterói, São Gonçalo, Campos dos Goytacazes, além da Alerj e ainda na Prefeitura de Niterói. Dirigiu a Rádio Absoluta por 15 anos, onde apresentou programas noticiosos diários. Pela emissora, cobriu por mais de uma década a seleção brasileira de futebol e esteve em duas Copas do Mundo e uma Olimpíada. Narrador esportivo e cronista especializado em Carnaval, tem 26 coberturas presenciais na Marquês de Sapucaí. Trabalhou, também, nas rádios Campos Difusora (Campos/RJ) e (Litorânea/ES). Exerceu cargo de editor-chefe em Olho Vivo (Niterói/RJ) e A Tribuna (Niterói/RJ). Colunista do jornal O Diário (Campos dos Goytacazes/RJ).

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