Baía de Guanabara registra melhora histórica na balneabilidade em Niterói

Baía de Guanabara registra melhora histórica na balneabilidade em Niterói | Reprodução
A Baía de Guanabara apresenta sinais de recuperação ambiental. Em 2025, três das principais praias da zona sul de Niterói – Icaraí, Boa Viagem e Flechas – atingiram índices inéditos de balneabilidade, próprias para banho em 58%, 62% e 59% dos dias do ano, respectivamente, segundo o Instituto Estadual do Ambiente (Inea). É a primeira vez em décadas que esses números são registrados.
Moradores e frequentadores percebem mudanças na coloração da água, redução de odores e até a presença mais frequente de tartarugas na orla.
Como a melhora aconteceu
Especialistas destacam três fatores principais:
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Investimentos em saneamento básico, com ampliação da coleta e tratamento de esgoto nos municípios do entorno;
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Desativação dos lixões de Jardim Gramacho e São Gonçalo, que despejavam chorume e resíduos na Baía;
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Capacidade natural de regeneração do ecossistema, surpreendendo ambientalistas.
As praias oceânicas de Niterói, como Piratininga, Camboinhas e Sossego, mantêm 100% de balneabilidade. Condições próprias para banho também foram registradas em todo o Rio de Janeiro no final do inverno e início da primavera, fenômeno observado apenas em 2023 e 2024.
Pontos ainda críticos
Apesar dos avanços, a recuperação é desigual. Locais próximos a saídas de esgoto e canais de drenagem urbana continuam impróprios:
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Icaraí (próximo à saída de esgoto);
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São Francisco (Rua Caraíbas) e Charitas (lançamento irregular de efluentes);
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Barra da Tijuca (2ª GMAR e Rua Sargento João de Faria);
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Leblon (Rua Afrânio de Melo Franco);
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Botafogo (Rua Marquês de Olinda).
O fundo da Baía, em Magé e São Gonçalo, mantém péssimos índices de qualidade da água, impedindo avanços significativos na balneabilidade.
Recomendações
O Inea alerta para evitar o banho de mar logo após chuvas fortes e próximo a galerias de águas pluviais. O boletim de balneabilidade é atualizado semanalmente e disponível no site oficial (www.inea.rj.gov.br) e redes sociais.
Ambientalistas reforçam que a melhora é positiva, mas exige ações contínuas de gestão urbana, coleta de lixo e fiscalização contra ligações clandestinas de esgoto para se consolidar.
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