Abelhas sem ferrão auxiliam reflorestamento e fortalecem projeto de sustentabilidade em Niterói

Abelhas sem ferrão auxiliam reflorestamento e fortalecem projeto de sustentabilidade em Niterói | Divulgação/Luciana Carneiro/Prefeitura de Niterói
A Prefeitura de Niterói está ampliando as ações de sustentabilidade com o uso de abelhas nativas sem ferrão, alojadas no meliponário do viveiro de mudas da Companhia de Limpeza de Niterói (Clin). Os polinizadores vêm potencializando o reflorestamento do Morro do Boa Vista, em São Lourenço, onde garis já plantaram mais de 700 mudas nativas para recuperar 2,2 hectares de vegetação.
O projeto, desenvolvido a partir de mudas produzidas no viveiro da Clin com resíduos de poda, é parte de um plano mais amplo de regeneração ambiental.
Além do reflorestamento, o Morro do Boa Vista está recebendo uma usina solar fotovoltaica com mais de 2 mil módulos, capaz de gerar 1,5 MW de energia limpa, e um sistema de captação e reaproveitamento de água da chuva. O investimento total da Prefeitura é de R$ 7,7 milhões.
Segundo o prefeito Rodrigo Neves, as ações reforçam o compromisso de Niterói com a preservação ambiental:
“Ao recuperar ecossistemas degradados, estamos protegendo a biodiversidade, prevenindo deslizamentos e contribuindo para o equilíbrio climático da cidade. Niterói tem mais da metade de seu território em áreas verdes preservadas por decreto, e precisamos garantir que esse patrimônio continue sendo um diferencial da qualidade de vida do município.”

Abelhas sem ferrão auxiliam reflorestamento e fortalecem projeto de sustentabilidade em Niterói | Divulgação/Luciana Carneiro/Prefeitura de Niterói
A introdução das abelhas ao viveiro foi possível graças a uma doação feita por Marcelo Campos, criador de abelhas do Meliponário Recanto das Nativas. Ele destacou que a iniciativa contribui para a polinização cruzada e aproxima a população da importância da biodiversidade:
“Quando entendemos que as abelhas sem ferrão não oferecem risco, passamos a enxergar como o Brasil é rico em espécies nativas e como é importante preservá-las.”
Além do impacto ecológico, o projeto tem papel fundamental na educação ambiental. Segundo o coordenador da Clin, Luiz Vicente Peres, as visitas de estudantes e instituições ao viveiro aumentaram o interesse pelo reflorestamento e pela preservação.
O trabalho diário também comprova os resultados práticos. O funcionário Luiz Silva Neto, que há 26 anos atua no viveiro, explicou que o processo de polinização natural potencializa o crescimento das mudas e acelera a formação da nova floresta.

Abelhas sem ferrão auxiliam reflorestamento e fortalecem projeto de sustentabilidade em Niterói | Divulgação/Luciana Carneiro/Prefeitura de Niterói
Com uma produção anual de mais de 170 mil mudas de 305 espécies da Mata Atlântica — entre elas pau-brasil, ipês, aroeira, jabuticaba, açaí e pitanga —, o viveiro da Clin é hoje um dos pilares da política ambiental de Niterói.
Para o presidente da companhia, Acilio Borges, o projeto reúne inovação, preservação e participação comunitária:
“É uma ação que integra reflorestamento, prevenção de erosões e incêndios, geração de energia limpa e educação ambiental. A presença das abelhas potencializa os resultados e mostra como soluções simples podem transformar o meio ambiente e a vida das pessoas.”
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