Niterói: Psicóloga Christiane Couri fará palestra no Hospital Icaraí sobre o Setembro Amarelo

Palestra da psicóloga Christiane Couri, gestora do serviço de Psicologia e de Recursos Humanos da Oncomed, sobre o Setembro Amarelo, acontece na terça-feira (24/9), no Hospital Icaraí, em Niterói | Divulgação

Em uma iniciativa relacionada ao “Setembro Amarelo”, o Hospital Icaraí se prepara para receber na próxima terça-feira (24/09), às 8h da manhã, a palestra da psicóloga oncológica Christiane Couri. A especialista em psicanálise, que atua como gestora do serviço de Psicologia e de Recursos Humanos da Oncomed, abre o ciclo de conversas sobre a fragilidade humana. Primordialmente, ela abordará os sinais invisíveis que antecedem a decisão de interromper a própria vida.

O “Setembro Amarelo” consiste em um conjunto de ações voltadas para a prevenção ao ao suicídio. A campanha completa esse ano uma década no Brasil e o encontro busca formar multiplicadores de conhecimento. Logo, trata-se de um convite à empatia, à escuta e à solidariedade, elementos cruciais na batalha silenciosa contra a desistência da vida.

Voltada aos profissionais da saúde, a palestra abordará as situações em que o sofrimento se torna insuportável, apontando a importância da identificação dos sinais de alerta. Médicos, enfermeiros, psicólogos e demais especialistas se reunirão para discutir o que, por vezes, se esconde no silêncio.

Acolhimento

Christiane Couri, que lidera o serviço de Psicologia da Oncomed, compartilhará suas reflexões baseadas em experiências hospitalares e clínicas. Ao lado da psicóloga Ana Luísa Mendez, a abordagem trará à tona as nuances de um sofrimento que, muitas vezes, escapa aos olhos. Entre as causas discutidas estarão doenças como o câncer e a depressão, ambas capazes de mergulhar o ser humano em um abismo aparentemente sem retorno.

“Nosso objetivo é aproveitar o ‘Setembro Amarelo’ e chamar a atenção para pontos extremamente importantes, considerando a singularidade de cada caso, que sinalizam o sofrimento de pessoas que abrem mão da sua própria existência”, explica Christiane Couri, que também é mestre e doutoranda em psicanálise.

Laço abraça vidas

O Setembro Amarelo surgiu como um sopro de esperança há uma década, inspirado pela fita amarela que carrega o peso da história de Mike Emme, um jovem americano que, em 1994, tirou a própria vida. Desde então, o laço amarelo simboliza um abraço coletivo, lembrando que o apoio e o cuidado podem salvar vidas.

Com ações que envolvem palestras, debates e a iluminação de monumentos em amarelo, a campanha tem se expandido. Mas, diferentemente de outras datas como o Outubro Rosa, ainda carece de uma oficialização nacional. Mesmo assim, locais como o Cristo Redentor e o Congresso Nacional já se vestem de amarelo em solidariedade.

Realidade alarmante

Os números do suicídio no Brasil e no mundo refletem a urgência da discussão. Mais de 700 mil pessoas, anualmente, dão fim às suas vidas no planeta. Nas Américas, o índice cresce, com mais de 97 mil mortes registradas em 2019. No Brasil, a média diária de 32 suicídios coloca o país na 8ª colocação mundial e, em contrapartida, o tema emerge como questão de saúde pública.

Nesse sentido, a prevenção ao suicídio se torna uma missão de todos. E a palestra, no Hospital Icaraí, em Niterói, mostrará que uma escuta atenta, um gesto de carinho, ou até mesmo, um laço de solidariedade, também podem salvar vidas.