Feminicídios em São Paulo atingem maior número desde 2018

Feminicídios em São Paulo atingem maior número desde 2018 | Tânia Rêgo/Agência Brasil
Os feminicídios em São Paulo avançaram de forma preocupante em 2025 e colocaram a capital no maior índice anual desde 2018, segundo dados da SSP-SP. Entre janeiro e outubro, foram 53 casos, número que já supera todos os anos anteriores mesmo sem incluir novembro e dezembro.
No estado, o cenário também piorou. O período registrou 207 feminicídios, alta de 8% em relação aos 191 casos do ano passado. Os dados reforçam a escalada da violência contra mulheres, impulsionada por episódios de agressão doméstica e crimes de gênero.
A lei que tipificou o feminicídio entrou em vigor em 2015. Desde então, o crime passou a ser contabilizado de forma separada e prevê penas entre 12 e 30 anos quando há violência doméstica, discriminação ou menosprezo à condição feminina.
Evolução dos casos na capital
Dados oficiais mostram a tendência de alta:
| Ano | 2018 | 2019 | 2020 | 2021 | 2022 | 2023 | 2024 | 2025 (até outubro) |
|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
| Casos | 29 | 44 | 40 | 33 | 41 | 38 | 51 | 53 |
Políticas de combate e atendimento
A SSP-SP afirma que o enfrentamento da violência contra mulheres é prioridade. Uma das iniciativas é a Cabine Lilás, que já realizou cerca de 14 mil atendimentos em todo o estado. Criada dentro do Copom, a estrutura oferece acolhimento humanizado, orientação sobre medidas protetivas e despachos imediatos de viaturas quando necessário.
O projeto, antes restrito à capital, já alcança a Grande São Paulo e o interior, com unidades em Campinas, São José dos Campos, Sorocaba, Bauru, São José do Rio Preto, Presidente Prudente e Piracicaba.
Outro eixo é a ampliação das Delegacias de Defesa da Mulher 24h, que cresceram 174,1% e levaram atendimento por videoconferência com delegadas a 170 plantões policiais.
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